Bienal está de volta à Festa do Avante!

Este ano é de Bienal de Artes Plásticas na Festa do Avante!, iniciativa que se mantém como referência cimeira no panorama artístico nacional e na democratização da Cultura.

Foram entregues mais de duas centenas de obras de 130 criadores

Quanto à promoção do acesso popular à fruição das artes plásticas e performativas, o certame que se realiza desde 1977, então no Vale do Jamor, decorre do projecto do PCP. Aliás, semelhantes características, propósito e expressão tem a Festa do Avante!, já que é o maior, mais completo e mais popular evento político-cultural do País.

Acresce que, ao longo dos anos, a Bienal tem contribuído para formar novos públicos e, de igual modo, para dar a conhecer e afirmar novos artistas, mantendo-se, neste aspecto, como uma referência incontornável.

De resto, sublinha Ana Paula, da Comissão Organizadora, podia supor-se que a campanha movida contra a Festa do Avante! no ano passado, a existência de outras mostras e a crise epidémica demovessem a participação. Não foi isso que sucedeu e, entre Abril e o dia 15 de Junho, quando encerrou o período de candidaturas, foram entregues mais de duas centenas de obras de 130 criadores.

Até ao próximo dia 15 de Julho, o júri, composto por Helena Elias, artista, investigadora e professora auxiliar da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL); João Duarte, escultor, medalhista e professor asso ciado com agregação aposentado da FBAUL; e Sérgio Vicente, artista plástico e professor da FBAUL, fará a selecção das obras e comunicará aos concorrentes a decisão final.

Estarão pois patentes entre 70 a 80 obras, como é norma. Há contudo novidades. Desde logo a inclusão pela primeira vez na Bienal de trabalhos em vídeo. Depois, o facto de o espaço do certame deixar este ano o Pavilhão Central e passar para a zona do lago da Quinta da Atalaia, desvendou ainda Ana Paula.

Constante é a banca onde se podem adquirir serigrafias, medalhas e obras de pequena dimensão, bem como o catálogo da exposição, no qual, para além das obras patentes, consta uma abordagem acerca da precariedade da Arte.