No dia 11, faleceu António Torrado, que a Sociedade Portuguesa de Autores destacou como «um dos mais produtivos e criativos dramaturgos portugueses», lembrando que, em vários mandatos, integrou os seus órgãos sociais.

António Torrado, como se refere na nota de pesar da SPA, nasceu a 21 de Novembro de 1939, em Lisboa, na Rua da Creche (a que depois foi dado o nome de José Dias Coelho). Licenciou-se em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professor e editor e desenvolveu um exemplar trabalho de divulgação bibliográfica com Angola e Moçambique. A SPA assinalou igualmente «o seu excepcional trabalho como autor de livros para crianças e jovens», pelo qual recebeu, em 1979, o grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens. Na RTP, António Torrado integrou a Direcção de Programas infantis e juvenis, juntamente com Maria Alberta Menéres, mas foi saneado na sequência do 25 de Novembro de 1975, com outros quadros de esquerda.

Deixa obra extensa e muito representativa, incluindo como argumentista (escreveu um filme de homenagem a Aristides de Sousa Mendes e outro sobre Eça de Queirós, cônsul de Portugal em Havana) e como coordenador da primeira série em português da «Rua Sésamo».