É COM A CDU QUE AS POPULAÇÕES PODEM CONTAR

«Por outras respostas e por outra política»

A situação política e social continua marcada pelo quadro de saúde resultante da epidemia COVID-19, no momento em que os seus efeitos, no geral, se vão atenuando sobretudo à medida que a vacinação avança e que, como insistentemente o PCP tem vindo a defender e a propor, juntamente com a testagem e o rastreio, é a resposta que a situação exige e que urge intensificar e alargar.

É um quadro que dá realce ao papel essencial que tem tido o SNS que, durante a epidemia, provou ser o único instrumento capaz de garantir a todos o direito à saúde, tanto hoje como no futuro.

É, por isso, da maior importância a acção que o PCP tem em desenvolvimento, por todo o mês de Junho, pela valorização do SNS e dos seus trabalhadores, reclamando o seu reforço por forma a superar as insuficiências em que se encontram muitos serviços e valências .

Preocupado igualmente com o impacto económico e social da epidemia e pelo aproveitamento que dela é feito pelo grande capital, o PCP estimula a luta dos trabalhadores e das populações para combater a exploração, mas também a luta dos pequenos e médios agricultores, dos micro, pequenos e médios empresários, dos profissionais da cultura exigindo respostas para cada um dos problemas com que hoje se confrontam.

Foi, por isso, muito significativa a realização esta semana de importantes lutas dos trabalhadores e das populações como é o caso da luta dos agricultores que, convocados pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), se manifestaram em Lisboa na passada segunda-feira, exigindo uma outra Política Agrícola Comum (PAC) que defenda a Agricultura Familiar e o Mundo Rural.

 

Do mesmo modo, merece registo a realização anteontem com a participação do Secretário-geral do PCP, da iniciativa «CDU na Área Metropolitana de Lisboa, intervenção e compromisso», num momento em que, por todo o País avança o trabalho de preparação das eleições autárquicas com a prestação de contas e a constituição e apresentação de candidaturas.

Como referiu Jerónimo de Sousa, esta iniciativa em Lisboa encerra uma dupla afirmação: «a do reconhecido papel, intervenção e trabalho dos eleitos da Coligação Democrática Unitária realizado ao longo dos mandatos, nos municípios da Área Metropolitana de Lisboa; o do valor do projecto, das propostas e soluções que garantirão a esta região do País, a serem concretizadas, condições para o seu desenvolvimento necessariamente articulado com o todo nacional.»

Porém, a dimensão dos problemas que a Área Metropolitana de Lisboa enfrenta exige outras respostas e outra política. O desenvolvimento regional é inseparável de uma política de desenvolvimento nacional, só concretizável com uma decidida aposta no investimento público, no aumento da produção nacional, na reinstalação de unidades produtivas. Uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, os seus direitos, salários, horários e estabilidade e responda com as alterações que se impõem no plano da legislação laboral e no objectivo do aumento geral dos salários e do salário mínimo para 850 euros.

 

Realizou-se também esta semana em Bruxelas a Cimeira da NATO, que, como o PCP sublinha, «representa um novo passo na perigosa estratégia que visa reforçar este bloco político-militar como um instrumento de ingerência e agressão ao nível mundial, para a imposição do domínio hegemónico dos EUA e de outras potências imperialistas sobre os povos do mundo.»

Ao mesmo tempo que apela ao reforço da luta pela paz e contra a NATO, de que foram importante expressão as acções que na passada segunda-feira se realizaram em Lisboa e no Porto, o PCP adverte para a grave responsabilidade que o Governo português assume ao associar-se ao perigoso projecto do reforço da NATO, objectivo e política que afrontam a Constituição da República Portuguesa, que consagra a paz, o desarmamento, a dissolução de todos os blocos político-militares.


Importa agora impulsionar a divulgação da Festa do Avante!, a venda da EP e a planificação da sua construção cujas jornadas de trabalho se iniciam já no próximo dia 26.

 

É neste contexto político e social que o PCP estimula a luta dos trabalhadores e das populações e intervém pelas respostas necessárias à melhoria das condições de vida e à construção da política alternativa imprescindível a um verdadeiro processo de desenvolvimento do País.