Votar CDU é sinónimo de escolher um compromisso e um projecto alternativo

Je­ró­nimo de Sousa vi­ajou pela re­gião mi­nhota, no sá­bado, dia 5, mar­cando pre­sença em dois co­mí­cios da CDU: no Jardim Pú­blico de Viana do Cas­telo e na Praça da Re­pú­blica, em Braga. A afir­mação do pro­jecto al­ter­na­tivo da CDU no Poder Local, ali­cer­çado na con­signa «Tra­balho, Ho­nes­ti­dade e Com­pe­tência», foi a te­má­tica mais des­ta­cada ao longo do dia.

A CDU é uma voz in­dis­pen­sável na de­fesa dos in­te­resses das po­pu­la­ções

O pé­riplo re­a­li­zado pelo Se­cre­tário-geral co­meçou perto das 16 horas num dos pontos mais a Norte do País, Viana do Cas­telo. À sua es­pera, no Jardim Pú­blico da ci­dade, es­tavam al­guns vi­a­nenses com trajes tra­di­ci­o­nais e com al­guns ins­tru­mentos tí­picos da re­gião. La­deado por esta aco­lhe­dora re­cepção, Je­ró­nimo de Sousa se­guiu até ao local onde acon­te­ceria o co­mício. Mais uma vez, a ve­e­mência do povo mi­nhoto fez-se sentir com a erupção de uma salva de palmas que, desta vez, ova­ci­onou não só o di­ri­gente co­mu­nista, como os can­di­datos que ali se apre­sen­taram aos apoi­antes e amigos da Co­li­gação De­mo­crá­tica Uni­tária – a CDU.

De­pois de saudar todos os que ali es­tavam, e por seu in­ter­médio, todos os tra­ba­lha­dores e o povo do con­celho e do dis­trito de Viana do Cas­telo, o Se­cre­tário-geral do PCP co­meçou logo por afirmar que «a CDU e os seus can­di­datos estão nesta ba­talha elei­toral com a con­fi­ança de quem provou ser capaz de as­sumir a de­fesa dos in­te­resses das po­pu­la­ções dos seus con­ce­lhos e das suas terras».

E é também por essa razão que a CDU – co­li­gação com­posta pelo PCP, pelo PEV, pela As­so­ci­ação In­ter­venção De­mo­crá­tica e muitos ou­tros de­mo­cratas, pa­tri­otas e pro­gres­sistas – se des­taca. «A CDU é pelo seu tra­balho e per­curso uma grande força po­lí­tica na­ci­onal no Poder Local», uma força que está, in­dis­so­ci­a­vel­mente, li­gada à «cons­trução do Poder Local De­mo­crá­tico, à sua afir­mação como es­paço de re­so­lução dos pro­blemas e de in­ter­venção a favor do de­sen­vol­vi­mento e do bem estar», des­tacou Je­ró­nimo de Sousa.

Apesar da sua qua­li­dade e provas mais que dadas, pela usual en­trega e ele­vada dis­po­ni­bi­li­dade dos seus can­di­datos para servir as po­pu­la­ções, a CDU também é uma força que vale, es­sen­ci­al­mente, «pelo seu pro­jecto dis­tin­tivo, as­sente no tra­balho, na ho­nes­ti­dade e na com­pe­tência, como so­lução e força al­ter­na­tiva quer a PSD e CDS, quer a PS e BE», disse ainda.

Nor­te­ados pelo in­te­resse pú­blico

Para o di­ri­gente co­mu­nista, a in­ter­venção a favor do de­sen­vol­vi­mento, do bem-estar e da re­so­lução de pro­blemas reais das po­pu­la­ções é algo que se faz, ver­da­dei­ra­mente, sentir na gestão das au­tar­quias que estão con­fi­adas à CDU e onde os can­di­datos desta co­li­gação as­sumem mai­ores res­pon­sa­bi­li­dades. No en­tanto, esta não é uma pre­missa que se aplica apenas nos lo­cais onde a CDU está em mai­oria. «Quando em mi­noria», a CDU também é uma «voz in­dis­pen­sável na de­fesa dos in­te­resses das po­pu­la­ções, uma pre­sença ne­ces­sária para dar corpo a causas e as­pi­ra­ções lo­cais, uma voz exi­gente e cons­tru­tiva para ga­rantir uma gestão trans­pa­rente e eficaz», as­se­gurou.

É essa a con­tri­buição que a Co­li­gação PCP-PEV se propõe a con­firmar e pros­se­guir no pró­ximo man­dato nas au­tar­quias lo­cais, «pronta, com o seus eleitos, a as­sumir novas exi­gên­cias e acres­cidas res­pon­sa­bi­li­dades para con­ti­nuar a cor­res­ponder à alar­gada con­fi­ança que cen­tenas de mi­lhar de por­tu­gueses de­po­sitam na CDU», afirmou.

Para o Se­cre­tário-geral do PCP, a CDU tem um com­pro­misso e tem um pro­jecto al­ter­na­tivo. E se o com­pro­misso é «ga­rantir uma in­ter­venção dis­tin­tiva que faz da CDU uma força as­so­ciada ao que de me­lhor e mais ino­vador foi feito no Poder Local», como disse Je­ró­nimo de Sousa, o pro­jecto vai além «da mera soma de pro­postas e ideias» e não deixa es­paço para dú­vidas quanto ao rumo da sua in­ter­venção na de­fesa do in­te­resse pú­blico e das po­pu­la­ções.

O pro­jecto da CDU as­sume e luta pela par­ti­ci­pação como um factor es­sen­cial de uma gestão de­mo­crá­tica, as­se­gura o en­vol­vi­mento efec­tivo das po­pu­la­ções no pla­ne­a­mento e nas prin­ci­pais op­ções da po­lí­tica au­tár­quica. É um pro­jecto que im­pul­siona, se bate e as­se­gura a cons­trução de es­paços hu­ma­ni­zados, am­bi­en­tal­mente equi­li­brados e do­tados dos equi­pa­mentos e dos pro­gramas para a sua uti­li­zação e ani­mação, fac­tores que são «in­dis­pen­sá­veis a uma vida so­cial e co­lec­tiva.

Um pro­jecto que pro­move uma gestão do ter­ri­tório que sal­va­guarda a de­fesa do in­te­resse pú­blico e co­lec­tivo da pressão es­pe­cu­la­tiva e que de­fende o es­paço pú­blico. Um pro­jecto que fo­menta uma po­lí­tica local que as­se­gura a va­lo­ri­zação cul­tural e des­por­tiva, que não ne­gli­gencia os tra­ba­lha­dores das au­tar­quias, mas que os va­lo­riza e de­fende os seus di­reitos. Um pro­jecto que de­fende o ca­rácter pú­blico da pres­tação de ser­viços bá­sicos es­sen­ciais pela au­tar­quia, como a gestão da água.

Em de­fesa de um Poder Local de­mo­crá­tico

Já um pouco mais a Sul, mas ainda na re­gião do Minho, pouco de­pois das 18 horas, Je­ró­nimo de Sousa voltou a di­rigir-se aos apoi­antes da CDU, bem como às muitas de­zenas de tran­seuntes que pela Praça da Re­pú­blica pas­savam e por ali fi­caram a ouvir. Desta vez, a atenção do Se­cre­tário-geral voltou-se para a questão da re­gi­o­na­li­zação e da afir­mação de um ver­da­deiro Poder Local de­mo­crá­tico.

«Somos, de facto, uma força que como ne­nhuma outra as­sume a de­fesa do Poder Local de­mo­crá­tico», afirmou. «Um Poder Local am­pla­mente par­ti­ci­pado, plural, co­le­gial e de­mo­crá­tico, do­tado de uma efec­tiva au­to­nomia ad­mi­nis­tra­tiva e fi­nan­ceira que tem na CDU a força mais con­se­quente na sua de­fesa, afir­mação e dig­ni­fi­cação», acres­centou.

Mas este Poder Local de­fen­dido pela CDU «tem ainda por cum­prir no seu edi­fício cons­ti­tu­ci­onal, a cri­ação das re­giões ad­mi­nis­tra­tivas» que é «su­ces­si­va­mente adiada pelas mãos de PS, PSD e CDS», ne­gando assim ao País, «um ins­tru­mento capaz de con­tri­buir para con­ferir le­gi­ti­mi­dade de­mo­crá­tica para o de­sen­vol­vi­mento e a co­esão ter­ri­to­rial, para o apro­vei­ta­mento de po­ten­ci­a­li­dades e re­cursos lo­cais, para a mo­der­ni­zação e or­ga­ni­zação de uma Ad­mi­nis­tração Pú­blica ao ser­viço das po­pu­la­ções».

Des­cen­tra­li­zação de PS e PSD é um logro

«Não será pela mão do PS que a ne­ces­sária cri­ação das re­giões ad­mi­nis­tra­tivas verá a luz do dia», sen­ten­ciou Je­ró­nimo de Sousa. «Aliás, se não há re­giões ad­mi­nis­tra­tivas é porque há mais de 40 anos que o PS se alia a PSD e CDS para o im­pedir», afirmou, acres­cen­tando que é porque «PS e PSD, em 1997, se jun­taram para o golpe que se tra­duziu na al­te­ração da Cons­ti­tuição para a su­bor­dinar a um re­fe­rendo» e que também é porque «PS e PSD, pela mão de Costa e Rui Rio, ainda em 2018 subs­cre­veram um acordo po­lí­tico para a meter na ga­veta em nome de uma des­cen­tra­li­zação que é um ver­da­deiro logro».

Para o PCP e para a CDU, o «cha­mado pro­cesso de de­mo­cra­ti­zação das Co­mis­sões de Co­or­de­nação e De­sen­vol­vi­mento Re­gi­onal que uniu PS e PSD, não é mais do que uma ma­nobra para iludir e jus­ti­ficar a au­sência da re­gi­o­na­li­zação», es­cla­receu Je­ró­nimo de Sousa. O ob­jec­tivo de todo este pro­cesso de ilusão é a «per­pe­tu­ação de po­lí­ticas cen­tra­listas e de co­mando sobre de­ci­sões e pro­cessos que re­clamam uma par­ti­ci­pação efec­ti­va­mente des­cen­tra­li­zada», acres­centou ainda.

Ao con­trário da­quilo que é uma das ver­tentes do pro­jecto da CDU, «o Go­verno do PS não está a des­cen­tra­lizar, está a trans­formar as au­tar­quias em em­prei­teiros do Es­tado», con­cluiu.


Terra de gente de tra­balho

Ainda em Viana do Cas­telo e antes de Je­ró­nimo de Sousa in­tervir, Cláudia Ma­rinho, ve­re­a­dora e pri­meira can­di­data àquela Câ­mara Mu­ni­cipal, também di­rigiu al­gumas pa­la­vras aos pre­sentes.

Em Viana do Cas­telo, a CDU «alertou, in­formou e de­nun­ciou» inú­meras si­tu­a­ções. Por exemplo, alertou que a água deve ser ge­rida pelos mu­ni­cí­pios, «pois são estes que me­lhor co­nhecem e podem dig­ni­ficar um ser­viço que é di­ri­gido à po­pu­lação» e para «a su­bida das ta­rifas em todo o dis­trito»; in­formou que o con­trato a ser es­ta­be­le­cido com a em­presa Águas de Por­tugal abriria as portas para «uma fu­tura pri­va­ti­zação da água do dis­trito»; e de­nun­ciou que a con­cessão li­mi­taria as fu­turas op­ções dos mu­ni­cí­pios do Alto Minho.


A CDU faz falta em todo o lado

Em Braga, a pri­meira can­di­data àquela Câ­mara Mu­ni­cipal, Bár­bara Seco de Barros, re­cordou que a CDU voltou a ter pre­sença no exe­cu­tivo mu­ni­cipal desde 2013.

«Ali es­ti­veram os tra­ba­lha­dores, as po­pu­la­ções de todas as fre­gue­sias, as pro­postas e as po­si­ções que de­fendem os ser­viços pú­blicos, o in­ves­ti­mento nos equi­pa­mentos que fazem falta ao mu­ni­cípio, a de­fesa in­tran­si­gente do nosso pa­tri­mónio co­lec­tivo, ma­te­rial e ima­te­rial», afirmou.

Para a can­di­data, na CDU «vive a mais só­lida ga­rantia de que o que de­fen­demos à porta das em­presas e lo­cais de tra­balho, das cre­ches, es­colas e uni­ver­si­dade, dos hos­pi­tais e cen­tros de saúde, nos bairros e nas ruas, é o que nos vêem a de­fender em qual­quer um dos ór­gãos onde es­tamos eleitos».

Também ali, na­quele dis­trito, en­quanto muitos se pre­o­cupam em «medir quanto ga­nham ou perdem em con­correr co­li­gados ou se­pa­rados», a CDU «de­po­sita a sua energia em co­nhecer mais e me­lhor o seu ter­ri­tório, as suas gentes, o que as pre­o­cupa e o que as mo­bi­liza» e, so­bre­tudo, «em fazer crescer o pro­jecto a que os tra­ba­lha­dores e o povo dão corpo».