Século II – Muralha de Adriano

Conhecida na antiguidade como Vallum Hadriani ou Vallum Aelian, a Muralha de Adriano, um imponente símbolo do poder militar romano, foi construída para separar a fronteira Norte do Império Romano na Grã-Bretanha dos «bárbaros», designação dada a todos os povos do Norte da Europa que viviam além das fronteiras imperiais. Se a eficácia da muralha enquanto barreira militar não é um dado pacífico, já todos concordam que serviu para sublinhar a diferença entre o que se considerava civilização e a barbárie. Estendendo-se de costa a costa por 120 km, a muralha foi mandada construir por Adriano, imperador que reinou de 117 a 138 d.C. e que ficou para a História como um admirador da cultura grega e pelas obras monumentais que patrocinou, como é o caso da Biblioteca com o seu nome erguida a Norte da Acrópole de Atenas. A muralha, em pedra e não em madeira, como era uso, foi concluída em seis anos graças ao trabalho das legiões romanas estacionadas na província do Império. Usada até ao século V, a Muralha de Adriano teria desaparecido após a retirada romana, não fora o esforço do antiquário John Clayton para preservar o que restou da destruição levada a cabo ao longo de séculos. A parte preservada foi declarada Património Mundial pela UNESCO em 1987.