3000 a.C. – Primeira cervejaria do mundo

Ar­queó­logos egíp­cios des­co­briram re­cen­te­mente em Abydos, no Sul do Egipto, o que pa­rece ser a mais an­tiga ins­ta­lação para fazer cer­veja à es­cala in­dus­trial no mundo. A cer­ve­jaria terá tido ca­pa­ci­dade para for­necer cerca de 22 000 li­tros de cer­veja por lote, o que per­mitia abas­tecer mais de 8 800 tra­ba­lha­dores ao ser­viço do Es­tado, já que estes re­ce­biam uma ração diária da be­bida como su­ple­mento do sa­lário. Se­gundo Matthew Adams, um dos res­pon­sá­veis do pro­jecto de ar­que­o­logia de Abydos e pro­fessor-ad­junto de arte e ar­que­o­logia em Prin­ceton, nos EUA, a es­tru­tura foi «pro­va­vel­mente cons­truída para ali­mentar os cultos fu­ne­rá­rios dos pri­meiros reis do Egipto, nos quais os ri­tuais eram or­ga­ni­zados tanto com o ob­jec­tivo de os adorar en­quanto fi­guras di­vinas, como para os apoiar no país dos mortos». A gran­deza da ins­ta­lação atesta a exis­tência de abun­dantes re­cursos, tanto no res­pei­tante à pro­dução agrí­cola como à mão-de-obra dis­po­nível. Ad­mite-se que a cul­tura de ce­reais terá sido es­ti­mu­lada jus­ta­mente pela in­venção da cer­veja; a mais an­tiga es­tru­tura de pro­dução data de 12 700 anos a.C. O local da des­co­berta, Abydos, é con­si­de­rado como a re­si­dência an­ces­tral dos reis que uni­fi­caram o Alto e o Baixo Egipto, dando vida ao Es­tado fa­raó­nico do rei Narmer.