O Governo deve ser «rigoroso perante as multinacionais que, alegando terem falta de componentes, querem uma “via verde” para o recurso ao lay-off», exigiu a Fiequimetal/CGTP-IN.
«Em boa verdade, a existência de perturbações no fornecimento de componentes não pode ser motivo para que multinacionais como a Bosch, a Fico Cables, a Apico ou a Continental Mabor, entre outras, usem e abusem do lay-off, quando se admite que o problema da falta de componentes reside numa guerra entre empresas», protestou a federação, numa nota divulgada dia 13.
A Fiequimetal salientou que, «independentemente das razões que assistem a este problema», «as medidas de resposta não podem recair sobre os trabalhadores, seja por via do recurso ao lay-off (que penaliza os salários e o orçamento da Segurança Social), seja pelo aproveitamento que o patronato procura fazer, para recusar aumentos de salários».
No dia 10, quando se iniciou na Bosch Car Multimedia, em Braga, um período de lay-off, por falta de matéria-prima (semicondutores), que a empresa admitiu prorrogar para lá de 9 de Junho, o SITE Norte reafirmou a exigência de pagamento dos salários na íntegra, bem como do subsídio de alimentação. A multinacional, salientou o sindicato, tem «condições para ir mais além na defesa dos seus trabalhadores».