Não ao anticomunismo e à falsificação da História

Um seminário online sobre o tema «Não ao anticomunismo e à falsificação histórica – Em nome da paz e da verdade, contra o fascismo e a guerra» teve lugar no dia 13, organizado pelas delegações do PCP, do AKEL e do PCBM, que integram o Grupo Confederal Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Verde Nórdica – A Esquerda no Parlamento Europeu.

Futuro pertence aos que resistem, organizam e lutam, e fazem a história avançar

O seminário debateu a necessária denúncia do branqueamento do fascismo, da falsificação da história, do fomento do anticomunismo, e da promoção e instrumentalização de forças de extrema-direita e de cariz fascista – como elementos que são parte integrante da actual ofensiva contra as liberdades, os direitos, a democracia. Abordou também a necessária defesa e reposição da verdade, nomeadamente quanto ao papel dos comunistas, incluindo do PCP, na luta contra o fascismo, pela liberdade, pela democracia, contra o colonialismo, pela paz, pelos direitos e a emancipação dos trabalhadores e dos povos – luta que continua na actualidade.

Pedro Guerreiro, do Secretariado do Comité Central e responsável pela Secção Internacional do PCP, saudou a iniciativa, que se reveste de maior significado por coincidir com o 76.º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo e «face à aprovação da vergonhosa resolução anti-comunista e de falsificação histórica pela maioria dos deputados do Parlamento Europeu – uma resolução que só pode merecer a indignação dos democratas».

O PCP reafirmou que esta resolução se inscreve na operação mais vasta de branqueamento do nazi-fascismo e das suas atrocidades e que visa apagar e deturpar o contributo determinante da URSS, dos comunistas e de outros antifascistas para a vitória sobre o nazi-fascismo, para a conquista da liberdade, da soberania nacional, da democracia, dos direitos políticos, económicos, sociais e culturais. Operação que pretende «fomentar a estigmatização e a repressão sobre os comunistas e outros democratas, aliás, como acontece em países que integram a União Europeia e a NATO, onde a par da reabilitação do nazi-fascismo e da glorificação dos seus colaboradores, se destroem monumentos da resistência antifascista, se interditam partidos comunistas e se perseguem antifascistas». Uma operação que, visando condenar a acção passada dos comunistas, tem como objectivo procurar impedir a sua acção no presente e no futuro e obrigar à abdicação dos seus objectivos e ideais libertadores.

O PCP reafirmou que «nenhuma condenação do ideal e das razões da sua existência pode abalar a profunda certeza na justiça da causa pela qual se bate nem a profunda confiança em que o futuro pertence não aos que oprimem e exploram mas aos que lutam em defesa dos trabalhadores e dos povos; não aos que, tendo decretado o fim da história, julgam que a detêm a golpes de violência e de repressão, mas aos que resistem, organizam e lutam, e fazem a história avançar. Não ao capitalismo, mas ao socialismo e ao comunismo».

 

Ampla participação, preocupação comum

O seminário, promovido pelo Partido Comunista Português, o Partido Progressista do Povo Trabalhador (AKEL), de Chipre, e o Partido Comunista da Boémia e Morávia, da República Checa, foi dirigido por Sandra Pereira, deputada do PCP no PE. Giorgos Georgiou, deputado do AKEL no PE abriu os trabalhos e Katerina Konecná, deputada do PCBM no PE, encerrou o seminário.

Intervieram Ulrich Schneider, secretário-geral da Federação Internacional de Resistentes (FIR); Marc Botenga, deputado do Partido do Trabalho da Bélgica no PE; Nicos Kouzoupis, do Comité Central e responsável do Departamento Ideológico do AKEL; Filip Zachariáš, cientista político, do PCBM, da República Checa; Vincent Boulet, responsável dos Assuntos Europeus do Partido Comunista Francês (PCF); Maurizio Acerbo, secretário-geral do Partido da Refundação Comunista, de Itália; Lorenzo Battisti, do Partido Comunista Italiano (PCI); Günter Pohl, da Comissão Internacional do Partido Comunista Alemão (DKP); Pedro Guerreiro, do Secretariado do Comité Central do PCP; Dmitry Novikov, vice-presidente do Comité Central do Partido Comunista da Federação Russa e primeiro vice-presidente do Comité de Assuntos Internacionais da Duma; Mauricio Valiente, do Secretariado do Comité Central do Partido Comunista da Espanha (PCE); e Petro Symonenko, primeiro secretário do Partido Comunista da Ucrânia (PCU).



Mais artigos de: Europa

Realidade confirma necessárias rupturas

No rescaldo ainda da dita Cimeira Social, importa valorizar as jornadas em defesa do emprego e dos direitos dos trabalhadores que o PCP promoveu nos dias 5 a 7 de Maio, nos distritos de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real, onde se integraram os deputados do PCP no Parlamento...