Faleceu o militar de Abril Diniz de Almeida

O Coronel de Artilharia Diniz de Almeida, um dos mais destacados militares de Abril, faleceu dia 16, aos 76 anos. O funeral realizou-se ontem, 19, para o cemitério do Alto de S. João, após o corpo ter estado em câmara ardente na Basílica da Estrela. Nascido em Lisboa em 7 de Julho de 1944, Eduardo Diniz de Almeida foi um participante activo no Movimento das Forças Armadas (MFA) desde a sua fase conspirativa, nomeadamente na reunião de oficiais de Évora.

Numa nota do seu Gabinete de Imprensa, onde manifesta o «mais profundo pesar e endereça à família as suas mais sentidas condolências», o PCP recorda que em 25 de Abril de 1974 Diniz de Almeida comandou uma coluna militar saída da Figueira da Foz com destino a Lisboa, tendo parte dessa coluna sido encarregue de libertar o forte de Peniche».

Decisivo foi também o papel deste militar de Abril, que fez parte de diversos órgãos do MFA, aquando da tentativa golpista de 11 de Março de 1975, com a resposta dada ao bombardeamento e cerco da sua unidade, em Lisboa (RAL1).

O PCP lembra ainda que Diniz de Almeida foi «alvo privilegiado dos mais sinuosos ataques por parte das forças reaccionárias», mantendo na sua «acção o objectivo da defesa da Revolução de Abril, dos seus valores e projecto».

Depois da vida militar, licenciou-se em psicologia clínica, mantendo também actividade política, como independente, na Coligação Democrática Unitária (CDU), que representou como vereador na Câmara de Cascais entre 2001 e 2005.

«Era um homem de grande carácter, corajoso e leal aos seus princípios e aos seus amigos. A sua trajectória honra as Forças Armadas, e muitos portugueses se identificaram com ele na luta contra as forças antidemocráticas do nosso País», enaltece, por sua vez, a Associação Conquistas da Revolução, numa nota de pesar onde lamenta a morte de Diniz de Almeida, sublinhando que «os seus ideais permanecem vivos e actuais e dão-nos a força para continuar a defender Abril».

Diniz de Almeida é autor de obras como «As origens e evolução do Movimento dos Capitães» e da trilogia «Ascensão, apogeu e queda do MFA», uma das mais bem documentadas obras sobre o processo que culminou em 25 de Novembro.



Mais artigos de: Aconteceu

China pousa robô em Marte

Um pequeno robô chinês telecomandado, de seu nome «Zhurong», pousou na superfície de Marte, no dia 15, concretizando com êxito a missão não tripulada «Tianwen-1», que partiu da Terra no final de Julho de 2020. «Tianwen-1 aterrou com sucesso na área predefinida» em Marte com o robô «Zhurong», informou o canal estatal...

Loures homenageia os que nunca pararam

A Câmara Municipal de Loures lançou, dia 14, um livro de fotografias que tem por objectivo homenagear todos os trabalhadores que tiveram um papel activo durante a epidemia de COVID-19. Chama-se «Os Essenciais» e faz um registo fotográfico de várias actividades que «nunca pararam» de laborar nem mesmo nos períodos mais...

Imenso adeus a Maria João Abreu

A actriz Maria João Abreu faleceu, dia 13, aos 57 anos. Com uma carreira profissional no teatro iniciada em 1995 no Teatro Aberto, foi sobretudo na televisão que granjeou popularidade, com produções como «Médico de Família». O talento e generosidade que dela irradiavam são traços unanimemente reconhecidos pelos seus...