O 9 de Maio, dia da Vitória sobre o nazi-fascismo, foi comemorado na Federação Russa e na maioria das antigas Repúblicas Soviéticas, incluindo a Bielorrússia, assim como em países como a Sérvia, Cuba ou a Venezuela, que realizaram este ano cerimónias simbólicas, devido à situação sanitária. Na Rússia e noutras antigas repúblicas soviéticas, para além de se assinalar o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa (1939-1945) celebra-se a vitória da URSS sobre o nazi-fascismo naquela que ali é conhecida como a Grande Guerra Pátria (1941-1945). A 22 de Junho de 1941, as hordas nazi-fascistas invadiram a União Soviética, espalhando a morte, o sofrimento e a destruição – mais de 20 milhões de soviéticos perderam a vida para libertar o mundo da barbárie nazi-fascista.

Na Rússia, para além da realização do tradicional desfile militar da Vitória na Praça Vermelha, em Moscovo, e de inúmeras comemorações populares, também o Partido Comunista da Federação Russa assinalou a data com várias iniciativas em diversos pontos do país.

Em Lisboa também se comemorou

Os 76 anos da vitória da URSS e aliados sobre o nazi-fascismo foi comemorado no dia 9 com um acto simbólico em Lisboa, na Praça dos Restauradores, organizado pela Associação Iúri Gagárin e a Associação Chance+, com os condicionamentos da actual situação.

Participaram activistas das entidades promotoras e representantes de organizações como a Associação Portuguesa dos Juristas Democratas ou a União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).

Não ao anticomunismo
e à falsificação histórica

Assinalando o 76.º aniversário da Vitória sobre o nazi-fascismo, as delegações do Partido Comunista Português, do Partido Progressista do Povo Trabalhador (AKEL) de Chipre e do Partido Comunista da Boémia e Morávia, da República Checa, no Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Verde Nórdica – A Esquerda no Parlamento Europeu, promoveram no dia 13 de Maio, um seminário online, sob o tema Não ao anticomunismo e à falsificação histórica: Em nome da paz e da verdade – Contra o fascismo e a guerra.

Para além de representantes destes três partidos, intervieram no seminário representantes da Federação Internacional de Resistentes (FIR), do Partido do Trabalho da Bélgica, do Partido Comunista Francês, do Partido da Refundação Comunista, do Partido Comunista Italiano, do Partido Comunista Alemão, do Partido Comunista da Federação Russa, do Partido Comunista da Espanha, do Partido Comunista da Ucrânia.

O seminário propôs-se abordar temas, como a necessária denúncia do branqueamento do fascismo, da falsificação da história e da promoção das forças de extrema direita e fascistas na Europa; o anticomunismo e o ataque à liberdade, aos direitos, à democracia; ou os comunistas e a luta contra o fascismo, pela liberdade, pela democracia, pela paz, pelos direitos dos trabalhadores e dos povos.

Dada a proximidade entre a realização deste seminário e o fecho desta edição do Avante!, que impossibilitou o seu tratamento aprofundado, voltaremos ao assunto na próxima semana.