Faleceu dia 21, com 95 anos, em Buenos Aires, Mercedes Colás de Meroño, Porota como era conhecida pelas suas companheiras, que integrou a Associação Mães da Praça de Maio, e que dedicou boa parte da sua vida a lutar por memória, verdade e justiça para os detidos e desaparecidos na ditadura militar.

A sua filha, Alicia, militante em movimentos de esquerda, foi uma das que, em Janeiro de 1976, com 31 anos de idade, foi sequestrada pela ditadura argentina e feita desaparecer, como aconteceu a cerca de 30 mil pessoas na Argentina. O que a levou a juntar-se aos protestos das mulheres que na Praça de Maio reclamavam o aparecimento dos seus filhos.

Porota esteve na sua infância emigrada em Espanha com o pai, que foi fuzilado pelos fascistas em Agosto de 1936, durante a Guerra Civil espanhola.