Reino Unido aumenta despesas militares em 14 por cento nos próximos quatro anos

Intensificando a sua política belicista, o Reino Unido vai reequipar as forças armadas investindo em tecnologia de ponta que, segundo Londres, lhe permita enfrentar o que diz serem as «ameaças modernas».

O ministro da Defesa, Ben Wallace, apresentou no parlamento, na segunda-feira, 22, o plano sobre a reorganização militar após a saída do país da União Europeia.

Como parte da modernização do arsenal, Londres investirá cerca de 10 mil milhões de dólares no fabrico de satélites de última geração e aviões de combate convencionais e não tripulados.

O desenvolvimento de armamento com tecnologia de ponta, inteligência artificial e sistemas espaciais conta com um orçamento de 83 mil milhões de dólares.

No total, prevê-se que os gastos militares britânicos nos próximos quatro anos excedam os 260 mil milhões de dólares, cerca de 14 por cento mais do que as actuais despesas, e incluirão verbas para substituir as ogivas nucleares dos mísseis Trident.

Sem surpresa, e seguindo aliás as linhas de argumentação dos EUA e da NATO, o Reino Unido aponta a Rússia como a «principal ameaça», utilizando-a como justificação para este substancial aumento da sua capacidade militar – e nuclear.

Londres já anunciara o aumento de 180 para 260 do número de ogivas nucleares. Esta decisão provocou críticas de organizações da paz britânicas e a Rússia acusou o Reino Unido de violar o tratado de não proliferação de armas nucleares e de fomentar uma nova corrida armamentista.




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