É URGENTE RESPONDER AOS PROBLEMAS DO PAÍS
«O PCP prossegue a sua acção» É URGENTE RESPONDER
Ainda sob o impacto das grandiosas iniciativas de comemoração do seu Centenário, em particular no dia 6 de Março, o PCP prossegue a sua acção ao serviço dos trabalhadores, do povo e do País, num ambiente de entusiasmo, alegria e confiança no futuro.
Foi esse o sentido da sua intervenção esta semana, nomeadamente na sessão pública de comemorações do Centenário de Baptista Pereira, com a participação de Jerónimo de Sousa, chamando a atenção para os graves problemas resultantes da política de direita, agora agravados pela COVID-19 e pelo aproveitamento que o grande capital dela faz, para servir os seus interesses de classe, agravando ainda mais as condições de vida dos trabalhadores e de largas camadas da população, sem que da parte do Governo se vejam as respostas necessárias.
De facto, os despedimentos, os salários reduzidos e em atraso, os intensos ritmos de trabalho, a precariedade, são as respostas do grande capital à situação que estamos a viver, como se vê na Groundforce e em muitas outras empresas.
É também o PCP que põe a nu as verdadeiras causas das fragilidades que afectam a nossa economia, em particular a desvalorização do aparelho produtivo e da produção nacional associada à desastrosa política de desindustrialização do País. Política que o Governo PS insiste em prosseguir, agora em nome das chamadas políticas de transição energética, como se observa no encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos ou da Central Eléctrica de Sines.
Decidiu-se na semana passada um novo prolongamento do Estado de Emergência e a manutenção de um elevado nível de medidas de confinamento, mantendo-se fechado um conjunto significativo de actividades económicas, sociais, culturais e desportivas.
Em vez de se procurar soluções que combinem o combate eficaz à epidemia e a criação de condições que assegurem a retoma da actividade, continua a prevalecer a opção errada de não articular critérios epidemiológicos com outros critérios de saúde e sociais para decidir da abertura e encerramento de actividades, quando o que faz falta é que seja dito a todos os profissionais ou sectores de actividade quais são as medidas que têm de adoptar para retomar o seu funcionamento em condições de segurança.
Ora, o que se impõe é criar as condições para articular a protecção sanitária com a dinamização da actividade económica, social, cultural e desportiva. O que se torna necessário é o reforço do SNS em profissionais e meios técnicos, bem como o reforço da estrutura de saúde pública, assegurando a interrupção de contágios por via do rastreio de contactos e da testagem massiva.
O que é preciso é acelerar a vacinação dos portugueses, o que reclama do Governo a libertação das imposições da UE e dos interesses das farmacêuticas e a aquisição de outras vacinas já reconhecidas pela OMS e por outras entidades nacionais, como determina o Projecto de Resolução apresentado pelo PCP na AR que será votado no dia 8 de Abril.
É preciso assegurar a retoma das actividades definindo com clareza as medidas de prevenção e protecção da saúde e disponibilizando os apoios necessários à sua implementação, bem como a concretização adequada e atempada dos apoios económicos e sociais para quem deles precisa, nomeadamente as micro, pequenas e médias empresas, muito para lá do que tem sido anunciado. Por outro lado, é preciso concretizar as medidas de carácter positivo inscritas no Orçamento de Estado para o presente ano, pela intervenção do PCP.
As soluções existem e muitas delas, propostas pelo PCP, têm sido recusadas a partir da convergência entre PS e PSD. Mas o PCP não desistirá de continuar a intervir e a lutar para a sua concretização.
Mas, se são urgentes medidas para acudir aos muitos problemas económicos e sociais, Portugal precisa, sobretudo, de pôr em marcha um verdadeiro programa de desenvolvimento económico e de progresso social. Precisa, isso sim, da política alternativa patriótica e de esquerda que valorize o trabalho e os trabalhadores, defenda e promova a produção nacional, invista nos serviços públicos e afirme a soberania nacional.
É neste combate que se torna imprescindível a luta dos trabalhadores e das populações em que se inserem as muitas lutas em desenvolvimento nas empresas e sectores e em que se insere a manifestação da juventude trabalhadora de 25 de Março, convocada pela Interjovem/CGTP-IN, em Lisboa e no Porto.
Foi também uma luta contra os retrocessos, agravados no quadro da pandemia, e uma clara afirmação de combate pela igualdade, no âmbito das comemorações do 8 de Março, a acção promovida pelo Movimento Democrático de Mulheres (MDM) nos Restauradores em Lisboa no passado dia 13, bem como a Semana da Igualdade promovida pela CGTP-IN.
E porque o PCP continua a ser o Partido necessário, indispensável e insubstituível à defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País, continua a ser questão central o seu reforço.
É urgente responder aos problemas do País. O PCP continuará a estimular a luta e a intervir pela sua solução.