Crianças, jovens e idosos são estratos sociais cujo potencial para o presente e o futuro de um País mais justo não pode ser desperdiçado. Não tem sido, porém, esse o esteio das políticas de sucessivos governos, pese embora a Lei Fundamental do País os refira como alvos de especial protecção e indique as grandes linhas para a materializar. Em contexto de crise, todos os seus problemas se agravaram e seus anseios e legítimas aspirações têm sido sobre-hipotecados.
Crianças, jovens e idosos são particularmente atingidos pela pobreza ou pelo risco de nela caírem, fruto de uma realidade feita de baixos salários e precariedade dos vínculos laborais (dos progenitores, tratando-se de menores, dos próprios, tratando-se de jovens trabalhadores); feito de reformas e pensões miseráveis, de exíguas prestações sociais, da crescente degradação, desmantelamento e privatização de serviços públicos, em particular de infra-estuturas como creches e jardins de infância, lares e unidades de cuidados paliativos, espaços de cultura, lazer, recreio e desporto.
Às crianças é cada vez mais negada a convivência com os pais, fruto da incerteza nas relações laborais e da desregulação dos horários. Aos idosos é destinado o papel de meros sobreviventes após uma reforma cada vez mais tardia. Aos jovens é negado o desenvolvimento de saberes e competências e a emancipação completa.
Por isso, o conjunto de direitos que são reconhecidos a estas camadas têm de merecer execução, como o PCP defende e tem materializado num vastoi conjunto de propostas.