PREJUÍZOS O PCP defende apoios efectivos e céleres aos residentes e comerciantes do concelho de Cascais, afectados pela passagem da depressão Karim, no dia 20, que ali provocou vários prejuízos.
Num comunicado de dia 22, a Comissão Concelhia de Cascais realça que a intempérie do passado sábado provocou inundações, quedas de árvores e «elevados prejuízos» a alguns comerciantes e residentes do concelho. Daí ser urgente, acrescenta, a garantia de um «apoio efectivo aos residentes e comerciantes afectados por esta intempérie, numa altura em que as restrições impostas ao funcionamento da economia provocam falências e despedimentos em catadupa».
As declarações do presidente da Câmara Municipal, Carlos Carreiras, que comparou esta ocorrências às inundações de 19 de Novembro de 1983 merecem o repúdio dos comunistas, que as consideram demagógicas e destinadas a branquear as suas responsabilidades no sucedido. O PCP realça que as políticas seguidas pelo executivo PSD/CDS na Câmara de Cascais «em nada têm contribuído para minorar os riscos de inundações no concelho», onde é evidente uma «total ausência de planeamento no que respeita à prevenção das consequências destes fenómenos naturais, aliada à impermeabilização indiscriminada dos solos, ao encanamento e falta de limpeza das ribeiras, à destruição crescente de espaços verdes e à falta de manutenção e limpeza da rede de drenagem de água pluvial». Tudo isto, inevitavelmente, leva ao «agravamento e aumento das zonas de risco de inundação».
As alterações ao PDM de Cascais, denuncia ainda a Comissão Concelhia, promovem a eliminação de corredores verdes e a impermeabilização dos solos, em particular, em zonas de Reserva Ecológica Nacional correspondentes a leito de cheias, e muitos dos planos de urbanização aprovados, ou em vias de aprovação, «acarretam graves consequências ao nível do aumento do risco de inundações».