- Nº 2463 (2021/02/11)

Equador: Andrés Arauz disputará segunda volta nas presidenciais

Internacional

ELEIÇÕES No Equador, o candidato progressista Andrés Arauz, da União para a Esperança (UNES) terminou à frente na primeira volta das eleições presidenciais. Disputará a segunda ronda, a 11 de Abril, contra Yaku Pérez ou Guillermo Lasso.

Lusa


No Equador, o candidato presidencial progressista Andrés Arauz, do movimento União para a Esperança (UNES) – que integra o Movimento Revolução Cidadã e o Partido Comunista do Equador –, terminou à frente na primeira volta das eleições de domingo, 7. Fazendo dupla com Carlos Rabascall, candidato a vice-presidente, Arauz obteve mais de 32% dos votos e disputará a segunda volta eleitoral a 11 de Abril.

Quatro dias depois da votação, não havia ainda a certeza de quem seria o adversário de Arauz na segunda ronda. Yaku Pérez, do partido Pachakutik, braço político da Confederação de Povos e Nacionalidades Indígenas, e Guillermo Lasso, banqueiro, do movimento direitista CREO, estavam «tecnicamente empatados», separados por poucos votos, que davam a Pérez uma «ligeira vantagem» (19,87%) contra 19,59% de Lasso.

Tanto Pérez como Lasso declararam Andrés Arauz, apoiado pelo antigo presidente Rafael Correa, o adversário principal.

Na quarta-feira, 10, o Conselho Nacional Eleitoral prosseguia a revisão de mais de duas mil actas eleitorais em que foram encontradas «inconsistências». Prometia o anúncio dos resultados «para as próximas 24, 48 ou 72 horas», tudo dependendo do avanço do escrutínio nas províncias.

Nestas eleições, os eleitores equatorianos foram às urnas escolher os próximos presidente e vice-presidente da República, os 137 membros da Assembleia Nacional e cinco parlamentares andinos. Segundo dados avançados pela imprensa equatoriana, a UNES obteve uma maioria relativa no parlamento, com 31,67% dos votos, seguida do Pachakutik (17,38%), Esquerda Democrática (12,23%) e CREO (9,69%).

Já depois de conhecida a sua vitória na primeira volta das eleições presidenciais, Andrés Arauz apelou à unidade em torno da sua candidatura, pelo futuro do Equador.

Falando na sede de campanha da UNES, em Quito, Arauz considerou que os resultados de 7 de Fevereiro mostram que a maioria dos eleitores rejeita o caminho do neoliberalismo e da «bancocracia» em desfavor do povo.

Face à incerteza quanto aos resultados para o segundo lugar nas presidenciais, instou os actores políticos a ter paciência e a esperar em paz a resolução das questões eleitorais.

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