Espólio documental do gravador David de Almeida
O espólio documental do artista David de Almeida (1945-2014), composto por manuscritos, fotografias e negativos de obras e maquetas de trabalhos de arte pública, diários com desenhos e colagens, foi entregue à Biblioteca de Arte da Fundanção -Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Esta doação foi feita pelas filhas de David de Almeida e surge na sequência de uma outra, no ano passado, de peças de arte do artista doadas para o acervo da Colecção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian, informou a fundação em comunicado divulgado dia 30 de Dezembro.
Nascido em São Pedro do Sul, David de Almeida é considerado um dos mais proeminentes gravadores contemporâneos portugueses, tendo desenvolvido também ao longo da sua actividade artística trabalhos na pintura e escultura.
Iniciando-se nos processos tradicionais da gravura, o artista veio a criar, na década de 1989, o seu próprio método de gravar, utilizando a pasta de pedra e a argila expandida. Premiado nacional e internacionalmente, tem obras suas em espaços públicos em Portugal, no Brasil (São Paulo), Macau, Espanha, e em Cabo Verdade, que têm como material base a pedra.
O espólio permitirá «não só uma melhor compreensão da prática artística de David Almeida, contextualizando-a, como também a investigação de aspectos da arte moderna e contemporânea em Portugal», informa a Fundação Calouste Gulbenkian.