Jornada de contactos no Algarve
O deputado do PCP João Dias esteve, dia 14, em acções reivindicativas e contactos em Faro e Olhão. Uma tribuna pública em defesa dos serviços públicos e outra contra as portagens na Via do Infante (A22) e pela requalificação da EN 125, fizeram parte da jornada.
Nesta última, foi reafirmada a determinação do Partido em não deixar cair a luta pela abolição do pagamento da circulação na ex-scut, e recordado que, por diversas vezes, o PCP tem apresentado iniciativas legislativas nesse sentido, as quais são invariavelmente chumbadas pelas bancadas parlamentares de PS e PSD.
Na iniciativa, salientou-se, também, que a imposição, há nove anos, de portagens na A22, agravou ainda mais a pressão sobre a EN125. Uma estrada que não constitui alternativa à Via do Infante, antes se constitui como uma verdadeira artéria urbana em várias cidades.
O Partido e as populações têm reivindicado a conclusão das obras na EN125, entre Olhão e Vila Real de Santo António, e a construção de diversas variantes que descongestionem o tráfego. Contudo, essas propostas têm esbarrado na oposição de PS e PSD, facto que não desmotiva o prosseguimento da luta, garantiu João Dias.
Emergência
Ainda no dia 14, o deputado do PCP na Assembleia da República reuniu com a direcção da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) e com a Associação de Discotecas do Sul e Algarve.
No encontro com a AHRESP foi possível confirmar o conjunto das dificuldades que atingem aquele sector, decorrentes das quebras verificadas no turismo, das limitações impostas pela declaração do Estado de Emergência ou de medidas como o «recolher obrigatório», as quais não têm sido compensadas pelos apoios, insuficientes e limitados, que o Governo decidiu até ao momento.
Num sector constituído fundamentalmente por micro e pequenas empresas, muitas delas de âmbito familiar,o PCP reafirmou que o combate à epidemia não passa pela proibição de actividades como a restauração, mas por apoios que salvaguardem as contingências sanitárias e o rendimento dos pequenos negócios, para que estes possam, por seu lado, assegurar o pagamento dos salários e manter postos de trabalho.
O levantamento das restrições no acesso a apoios decididos, o pagamento de rendas comerciais ou o efectivo apoio aos sócios-gerentes foram outras propostas reiteradas por João Dias, informou, em nota de imprensa, a Organização Regional do Algarve do PCP.
Quanto às discotecas no Algarve, sector que também contribui para o desenvolvimento da actividade turística na região e assegura dezenas de postos de trabalho, não se vislumbra a sua reabertura, depois do encerramento determinado em Março.
Considerando a especificidade daquela actividade, o PCP transmitiu a necessidade de se atribuírem apoios às micro, pequenas e médias empresas do sector, a fim de evitar a liquidação de empregos, bem como a importância de avaliar a sua retoma faseada.