LUTA, CONFIANÇA, ESPERANÇA

«será sempre com a acção e a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo que o fu­turo se cons­truirá»

No mo­mento em que nos apro­xi­mamos do início do novo ano de 2021,a si­tu­ação na­ci­onal, mar­cada pela de­te­ri­o­ração da si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial agra­vada pela per­sis­tência da epi­demia, con­tinua a exigir res­postas e so­lu­ções cen­tradas no plano da saúde – com o re­forço do SNS – na de­fesa do em­prego, dos di­reitos e sa­lá­rios, no re­forço da pro­tecção so­cial e ser­viços pú­blicos, no apoio às micro pe­quenas e mé­dias em­presas. Con­tinua a exigir que se as­se­gurem as con­di­ções para o de­sen­vol­vi­mento da ac­ti­vi­dade eco­nó­mica, so­cial, cul­tural e des­por­tiva, ga­ran­tindo as con­di­ções de pre­venção e pro­tecção da saúde pú­blica, em vez da li­mi­tação de di­reitos, li­ber­dades e ga­ran­tias, de que su­ces­sivas de­cla­ra­ções do Es­tado de Emer­gência e o «re­co­lher obri­ga­tório» são ex­pressão.

Con­tinua a exigir res­postas e so­lu­ções, as­su­midas a partir dos pro­blemas e da sua real di­mensão, de­ter­mi­nadas pelo in­te­resse na­ci­onal e não pela su­bor­di­nação a im­po­si­ções ex­ternas, como foi re­cen­te­mente o caso de de­ci­sões to­madas pelo Go­verno sobre em­presas es­tra­té­gicas (como a TAP e os CTT).

Por­tugal pre­cisa de uma po­lí­tica que dê pri­o­ri­dade aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do povo, que as­se­gure o de­sen­vol­vi­mento so­be­rano do País. Pre­cisa de avançar na so­lução dos pro­blemas na­ci­o­nais e na cri­ação de con­di­ções para uma vida me­lhor para o povo por­tu­guês. Pre­cisa de romper com a po­lí­tica de di­rei­tade sub­missão ao grande ca­pital e às im­po­si­ções da União Eu­ro­peia e do euro, que pelas mãos de su­ces­sivos go­vernos do PS, PSD e CDS in­fer­niza a vida dos tra­ba­lha­dores e do povo e é res­pon­sável pelos nossos dé­fices es­tru­tu­rais. Pre­cisa de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, sem a qual não há so­lução para os­pro­blemas com que es­tamos con­fron­tados.

É neste quadro que, neste início de 2021, im­porta ter pre­sentes as li­nhas de in­ter­venção para os pró­ximos meses de­ci­didas na reu­nião do Co­mité Cen­tral do PCP do pas­sado dia 12 de De­zembro e que passam pela in­ten­si­fi­cação do en­vol­vi­mento das or­ga­ni­za­ções e mi­li­tantes do Par­tido nas ac­ções de cam­panha da can­di­da­tura de João Fer­reira, dando par­ti­cular atenção ao con­tacto di­recto com os tra­ba­lha­dores e a po­pu­lação, ao alar­ga­mento dos apoios e ao en­vol­vi­mento, par­ti­ci­pação e voto de todos aqueles que se iden­ti­ficam com a can­di­da­tura; pelo de­sen­vol­vi­mento da luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções na exi­gência de res­posta aos pro­blemas na­ci­o­nais in­cluindo a con­cre­ti­zação das me­didas es­sen­ciais ins­critas no Or­ça­mento do Es­tado por pro­posta e ini­ci­a­tiva do PCP e a apli­cação de pro­postas es­sen­ciais apre­sen­tadas pelo PCP – no quadro da luta pela po­lí­tica pa­trió­tica e e de es­querda – que foram re­pro­vadas pela con­ver­gência entre PS e PSD; pela luta pela de­fesa e va­lo­ri­zação dos ser­viços pú­blicos e, em par­ti­cular, pela de­fesa e re­forço do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde; pela mo­bi­li­zação para as co­me­mo­ra­ções do 8 de Março, com des­taque para a Ma­ni­fes­tação Na­ci­onal de Mu­lheres con­vo­cada pelo MDM que se re­a­li­zará em 2021 com duas ac­ções (a 7 de Março no Porto e a 13 de Março em Lisboa); a pre­pa­ração das co­me­mo­ra­ções do Dia Na­ci­onal do Es­tu­dante a 24 de Março e do Dia Na­ci­onal da Ju­ven­tude a 28 de Março, do 47.º ani­ver­sário do 25 de Abril (in­cluindo o 45.º ani­ver­sário da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa) e do 1.º de Maio, Dia In­ter­na­ci­onal do Tra­ba­lhador; pela pro­gra­mação da in­ter­venção na de­fesa dos in­te­resses, so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­o­nais, da co­o­pe­ração, so­li­da­ri­e­dade e ami­zade entre os povos, face à re­a­li­zação em Por­tugal de pro­nun­ci­a­mentos, ac­ções e ini­ci­a­tivas no âm­bito da «Pre­si­dência Por­tu­guesa do Con­selho da União Eu­ro­peia», no pri­meiro se­mestre de 2021; pela ins­crição das elei­ções au­tár­quicas como pri­o­ri­dade, in­se­rida na acção geral do Par­tido, ar­ti­cu­lada com a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo, con­ce­bida para am­pliar a uni­dade com muitos ho­mens e mu­lheres sem fi­li­ação par­ti­dária que re­co­nhecem na CDU um es­paço de re­a­li­zação e con­ver­gência de­mo­crá­tica; pelo de­sen­vol­vi­mento da acção de re­forço do Par­tido des­ta­cando-se no ime­diato, entre ou­tros ob­jec­tivos, o tra­balho para a res­pon­sa­bi­li­zação de 100 novos ca­ma­radas por cé­lulas e a cri­ação de 100 novas cé­lulas de em­presa, local de tra­balho e sector e a di­na­mi­zação da Cam­panha Na­ci­onal de Fundos «O fu­turo tem Par­tido»; pela con­tri­buição para o êxito do 12.° Con­gresso da Ju­ven­tude Co­mu­nista Por­tu­guesa, que se re­a­li­zará a 15 e 16 de Maio de 2021 e para o alar­ga­mento e en­rai­za­mento da JCP na ju­ven­tude; pela pre­pa­ração, desde já, da 45.ª edição da Festa do Avante! que terá lugar a 3, 4 e 5 de Se­tembro; pelo de­sen­vol­vi­mento das co­me­mo­ra­ções do Cen­te­nário do Par­tido, – sob o lema «Li­ber­dade, De­mo­cracia, So­ci­a­lismo – o fu­turo tem Par­tido» que tem na re­a­li­zação do Co­mício de 6 de Março de 2021 no Campo Pe­queno um im­por­tante mo­mento.

Como su­bli­nhou Je­ró­nimo de Sousa na men­sagem de Ano Novo, apesar das muitas di­fi­cul­dades, pre­o­cu­pa­ções e in­cer­tezas, este é também um tempo de con­fi­ança e de es­pe­rança, «essa es­pe­rança dos que sabem que será sempre com a acção e a luta dos tra­ba­lha­dores e do povo que o fu­turo se cons­truirá».