1821 – Nasce Elizabeth Blackwell
«Elizabeth Blackwell inspirou-me de muitas maneiras. Como médica de cuidados primários, admiro sua consciência social e o compromisso com o cuidado dos carenciados. O facto de ela abrir caminho para toda uma futura geração de mulheres é a razão pela qual tenho o privilégio de estar aqui hoje». As palavras são de Judy Tung, chefe do departamento de medicina do NewYork-Presbyterian Lower Manhattan Hospital, num tributo à mulher que em 1849 se tornou na primeira médica dos EUA. Nascida em Bristol, Inglaterra, no seio de uma família de nove filhos, anti esclavagista e com um pai que desejava que as filhas tivessem as mesmas oportunidades do que os seus irmãos, Elizabeth ficou órfã aos 17 anos, sendo forçada a trabalhar para subsistir. O cargo de professora de música em casa de um médico que lhe deu acesso à sua vasta biblioteca facilitou-lhe o estudo, mas foi rejeitada por mais de 20 faculdades de medicina. Reza a lenda que foi aceite no Geneva Medical College, em Nova Iorque, porque a classe médica, chamada a pronunciar-se, votou favoravelmente crendo tratar-se de «uma piada». Oito anos depois fundou o primeiro hospital dos Estados Unidos composto só por mulheres. Em 1868, lançou uma faculdade dedicada à educação médica da mulher, a actual Medicina Weill Cornell.