RESOLUÇÃO A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução condenando a glorificação do nazismo. Os EUA e a Ucrânia foram os únicos países a votar contra. Os Estados integrantes da UE e da NATO abstiveram-se.
Uma resolução apresentada pela Rússia condenando a «glorificação do nazismo» foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 16 de Dezembro. Teve uma esmagadora maioria, com os Estados Unidos da América e a Ucrânia a votarem contra a moção. Igualmente digno de nota foi o facto de todos os representantes dos Estados-membros da União Europeia, incluindo a Alemanha, terem vergonhosamente optado pela abstenção, com o Reino Unido e outros membros da NATO a tomar a mesma posição.
Muitos outros países europeus, como a Sérvia, a Moldávia ou a Bósnia-Herzegovina, apoiaram a resolução.
O documento foi aprovado por 130 votos a favor, dois votos contra e 51 abstenções.
A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a proposta de resolução russa sobre Combater a glorificação do nazismo, neonazismo e outras práticas que contribuam para alimentar formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada no quadro da 75.ª Assembleia Geral.
A resolução apela aos Estados-membros da ONU a aprovar legislação para «eliminar todas as formas de discriminação racial» e condena «a glorificação, sob qualquer forma, do movimento nazi, do neonazismo e de antigos membros da organização Waffen-SS», assim como do «revisionismo a respeito da Segunda Guerra Mundial».
EUA arma neonazis ucranianos
Para a Ucrânia, a resolução aprovada é vista como uma acusação política contra Kiev. Grupos neonazis estão bem representados na política ucraniana e alguns deles foram acusados de crimes de guerra e práticas de tortura durante a guerra civil no Sudeste do país. Pelo menos um desses bandos, o Batalhão Azov, está equipado com armamento norte-americano.
Os Estados Unidos da América, contudo, sustentam que a oposição à resolução russa nada tem a ver com o seu apoio a grupos neonazis ucranianos. A diplomacia russa apresenta esta resolução há vários anos e os EUA opõem-se à sua aprovação sistematicamente, argumentando que a proibição da «glorificação do nazismo» choca com a Primeira Emenda constitucional norte-americana que protege a liberdade de expressão…