1899 – A seringa de Geer
«Que se saiba que Letitia Mumford Geer, cidadã dos Estados Unidos, residente no número 303 da rua 114 Este, cidade de Nova Iorque, condado de Nova Iorque, no estado de Nova Iorque, inventou uma nova e útil melhoria nas seringas». Assim começa o texto da patente 662 848 concedida a Letitia Geer, a 11 de Abril de 1899, pela inovação do seu modelo de seringa, numa altura em que apenas 1% das patentes nos EUA eram de mulheres. Crê-se que o primeiro modelo de seringa terá sido inventado pelo físico, matemático, filósofo e teólogo francês Blaise Pascal, em 1647, mas o modelo utilizado actualmente – a seringa de aplicação de substâncias por meio de pistão – foi inventado por Letitia Geer, uma ilustre desconhecida enfermeira de quem nada se sabe para além de que faleceu a 18 de Julho de 1935, aos 83 anos, na sua cidade natal. Aperfeiçoado ao longo dos anos, o modelo patenteado por Geer veio facilitar enormemente o trabalho dos médicos e outros profissionais de saúde, designadamente durante as cirurgias, já que pode ser operado apenas com uma mão, e ser mesmo usado pelo próprio doente. A invenção que revolucionou o atendimento médico naquela época é basicamente a mesma que é usada ainda hoje, diariamente, em qualquer unidade de saúde em todo o mundo.