Relatório da ONU faz parte da campanha de mentiras contra o povo da Venezuela

INGERÊNCIA Um texto sobre direitos humanos na Venezuela, elaborado por uma dita missão «independente» da ONU, é mais uma manobra contra o povo e o governo venezuelanos, no quadro da continuada agressão dos Estados Unidos e aliados contra aquele país sul-americano e seu povo.

Documento silencia que que as sanções dos EUA visam atacar os direitos humanos

O relatório de uma missão «independente» das Nações Unidas sobre a Venezuela pretende torpedear o diálogo político interno entre governo e sectores da oposição e perturbar as eleições legislativas de Dezembro, denunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza.

O governante bolivariano afirmou que o documento, divulgado a 16, procura minar o trabalho em curso da Venezuela com o Gabinete da Alta Comissária dos Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

Arreaza assegurou que os integrantes da dita missão da ONU não visitaram a Venezuela e limitaram-se a escrever com base em informações da imprensa e acusações das redes sociais.

O ministro considera que o relatório é parte de uma campanha «de mentiras e manipulações contra o povo e o governo da Venezuela». E lamentou que tenham sido pagos cinco milhões de dólares para a elaboração de um texto repleto de falsidades e omissões.

IAgressão imperialista

O Partido Comunista da Venezuela (PCV) condenou a nova tentativa de agressão política e diplomática contra a República Bolivariana da Venezuela «no contexto da visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, à Guiana e a outros países da região e do anúncio de exercícios conjuntos entre o Comando Sul [norte-americano] e o exército colombiano, nos próximos dias».

Em comunicado do Bureau Político do Comité Central do PCV, do dia 18, os comunistas consideram que o relatório apresentado pela Missão Internacional Independente da ONU sobre direitos humanos na Venezuela «apresenta sérias debilidades metodológicas» que o tornam pouco fiável, até porque não foi elaborado no país e, segundo os seus redactores, grande parte da investigação baseou-se em informações publicadas em redes sociais e em supostas «entrevistas confidenciais».

«É evidente a intencionalidade política do documento ao pretender responsabilizar directamente o chefe do Estado e do Governo da Venezuela e altas patentes militares das FANB de factos concretos de violações dos direitos humanos na Venezuela, com o claro propósito de alimentar um expediente internacional que facilite o já conhecido plano do governo dos EUA e da direita fascista venezuelana de impulsionar uma intervenção mediante a acção de uma força estrangeira e forçar assim uma mudança violenta de governo usando o tradicional pretexto da luta em defesa dos direitos humanos», denuncia o PCV.

Os comunistas venezuelanos entendem que «não deve existir impunidade face a violações dos direitos humanos» mas rechaçam «a utilização política e hipócrita da Comissão de Direitos Humanos da ONU para justificar as criminosas acções de ingerência do imperialismo norte-americano e dos seus aliados internos».

«Os propósitos pró-imperialistas deste relatório ficam a descoberto dado o seu descarado silêncio faca aos efeitos brutais que têm sobre os direitos humanos a imposição de sanções coercivas unilaterais e extraterritoriais por parte dos EUA e da União Europeia contra o povo venezuelano», denuncia o PCV. E mais: o relatório aponta para «a aplicação do mesmo guião seguido contra a Líbia, o Iraque e a Síria» e que serviu de base para intervenções militares estrangeiras baseadas em falsas acusações.




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