4 de Junho de 1920 – Tratado de Trianon
Parte integrante do império austro-húngaro, a Hungria participou na I Guerra Mundial ao lado da Alemanha, Áustria e do império turco-otomano, mas em Novembro de 1918 declarou a sua independência da Áustria. Por esse motivo, a sua rendição aos aliados, no final da guerra, ocorre em separado da das restantes potências: o documento é assinado no palácio Petit Trianon em Versalhes, França. Mandado construir por Luís XIV a pedido da sua favorita, Madame de Pompadour, e posteriormente remodelado por Luís XVI, que o deu à sua esposa, Maria Antonieta, o nome do palácio acabou por ficar associado ao tratado de rendição. A Hungria, além das reparações de guerra a que foi obrigada, perdeu dois terços do território que controlava antes da guerra – distribuídos pela Roménia, Croácia (então parte da Jugoslávia), Checoslováquia (actuais repúblicas Checa e Eslovaca) e Áustria –, bem como a respectiva população. A aliança com Hitler, na II Guerra Mundial, permite à Hungria recuperar os territórios perdidos para a Roménia e a Jugoslávia, mas em 1945, com a derrota do nazi-fascismo, são restauradas as fronteiras estabelecidas pelo Tratado de Trianon. Com a chegada de Viktor Orban, de extrema-direita, ao poder, em 2010, o 4 de Junho é declarado «Dia de Coesão Nacional».