COM A FESTA, AVANTE!
«dar confiança à vida e à luta»
Com a aproximação da Festa do Avante!, que resistindo à campanha contra ela orquestrada, amanhã tem início, as correias de transmissão do grande capital redobram esforços para atacar aquela que nos próximos três dias de novo se vai confirmar como a maior iniciativa político-cultural que se realiza no País.
Do PSD ao CDS, do Iniciativa Liberal ao Chega ou mesmo a sectores do PS foi sob uma das mais obscuras campanhas antidemocráticas das últimas décadas – com particular expressão nos principais órgãos da comunicação social – que a Festa do Avante! foi preparada e mais uma vez se vai afirmar pelo trabalho militante do PCP, da JCP e dos amigos da Festa.
Os grandes interesses económicos dominantes, desde 1976, sempre tentaram impedir a realização da Festa do Avante!, sem que o tenham conseguido. Hoje, o que pretendem, a coberto da epidemia e da estratégia do medo, é tentar condicionar a sua realização, não por razões de protecção sanitária mas porque querem impedir a associação das medidas de protecção sanitária – que serão cuidadosamente asseguradas – à fruição da vida, aproveitando-se do vírus para pôr em causa os direitos políticos, sindicais e sociais alcançados com a Revolução de Abril.
Querem impedir que se ouça a voz daqueles que criticam a situação de um país dominado pelo grande capital e pelas imposições da União Europeia, dos que denunciam a situação criada aos trabalhadores, aos reformados, aos jovens, aos micro, pequenos e médios empresários, aos trabalhadores da cultura, dos que assumem o compromisso da luta por uma vida melhor, por uma sociedade mais justa.
Trata-se de uma gigantesca operação reaccionária que mais do que a Festa, visa atacar o PCP e sobretudo abrir caminho à limitação do exercício de direitos e liberdades dos trabalhadores e do povo, designadamente o direito de resistirem à liquidação dos seus direitos, como se viu com a campanha contra o 1.º de Maio.
A Festa do Avante! constitui-se como uma realização fundamental de afirmação da liberdade, da democracia, dos direitos sociais, laborais e políticos, do direito a ter voz sem que a calem, que são valores comuns aos comunistas e a muitos outros democratas.
A Festa do Avante!, um acto responsável organizado com a máxima exigência de protecção que o PCP não descura e promove, é um contributo para afirmar o bem-estar, a saúde e a fruição da vida.
No contexto político excepcional que vivemos a Festa assume um valor acrescido na afirmação da nossa vida democrática e o seu êxito será um contributo para a luta dos trabalhadores e do povo, para combater o medo e a resignação – que tanto interessa aos que gostariam que a exploração fosse aceite como coisa natural – e dar força à luta futura em defesa dos salários, do emprego e dos direitos e do regime democrático.
Será de igual modo um inequívoco contributo na luta que travamos pela alternativa, patriótica e de esquerda, que promova a viragem que se impõe na vida nacional.
Há, de facto, muito trabalho a fazer para dinamizar e desenvolver a luta dos trabalhadores, dando desde já força à acção de luta nacional marcada pela CGTP-IN para 26 de Setembro; para dar força à dinamização da iniciativa e intervenção política e a acção junto das populações, dos reformados, dos micro, pequenos e médios empresários, em defesa dos serviços públicos.
Mas todos os dias a vida vai tornando mais claro – e o ataque à Festa torna-o particularmente evidente – que, para resistir e avançar, é preciso dar mais força ao PCP. É preciso dinamizar a campanha nacional de fundos «o futuro tem partido», avançar na responsabilização de 100 novos quadros por célula e na criação de 100 novas células, dinamizar as comemorações do Centenário, preparar o XXI Congresso do Partido, preparar as eleições para Presidente da República e para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.
Amanhã tem início a 44.ª edição da Festa do Avante!. Tal como foi possível resistir ao ataque que visou impedir a sua realização, o que em si mesmo é já um grande êxito político, a dimensão da ofensiva contra o PCP exige resposta. Uma resposta que deve ser assumida por cada um dos membros do Partido e de todos aqueles que prezam os valores democráticos, desde logo marcando presença na Festa e, em particular, no Comício de domingo, fazendo dessa presença uma afirmação de liberdade e um acto de resistência e de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo.