Agora e sempre o PCP está presente!
Como o Partido tem denunciado, está em curso uma forte campanha contra o PCP. Ataques que não sendo novos, ganham novos contornos, com cada vez mais requintados instrumentos a que precisamos não só de estar atentos, como dar-lhes combate a partir da nossa acção, intervenção e luta.
O ataque ao PCP ganha novos contornos e instrumentos
Tudo tem valido, como a mentira e a calúnia, ao mesmo tempo que se silencia a imensa intervenção que o PCP tem tido na defesa dos trabalhadores, do povo e do País, em torno dos problemas concretos, com propostas e na luta por uma política alternativa patriótica e de esquerda que lhes dê resposta.
O alvo escolhido pelo grande capital e os sectores mais reaccionários vai sendo escolhido em função dos seus interesses de classe. Ajustando o fato à sua medida sempre com um pretexto, um desenvolvimento e uma consequência criados, alimentados e, claro, «vendidos» como inevitáveis.
O alvo, nas últimas semanas, é a Festa do Avante!, mas bem sabemos que o que está por trás, nos seus propósitos, é o ataque ao PCP, à resistência, à organização e à luta dos trabalhadores, é o ataque às raízes do regime democrático e aos valores de Abril.
A descarada instrumentalização de legítimas preocupações em torno do surto epidémico não pode valer tudo. A criação de falsos focos de problemas e de medos, desviando as atenções do que é essencial não pode deixar de merecer combate.
Não vale tudo
Não pode valer que queiram limitar a luta dos trabalhadores quando exigem que trabalhem mais e com menos direitos, que acreditem que o teletrabalho e o não aumento dos salários são inevitáveis, que têm de ir trabalhar em transportes lotados porque não se pode alargar a rede de transportes.
Não pode valer dizerem às crianças que é importante que não brinquem, que não partilhem brinquedos, que não corram com amigos e que o ensino à distância é bom; achando naturais aspectos que são negativos para o seu desenvolvimento psicomotor.
Não pode valer dizerem aos mais idosos que não devem conviver com os netos, que se devem isolar e que o que tiverem de tratar que seja por telefone. Que têm de aguentar sem o apoio dos centros de dia mesmo com situações de grande aflição dos próprios e das suas famílias, sem que se encontre as soluções necessárias que lhes permita viver com dignidade.
Não pode valer que se apele à compreensão para a não reabertura das extensões de saúde ou que as consultas sejam feitas na rua ou ainda que, a partir de limitações existentes no SNS se procure abrir caminho a interesses privados na saúde ao invés de corresponder às medidas necessárias, nomeadamente com mais investimento no SNS.
Não pode valer dizerem aos micro, pequenos e médios empresários, agricultores e produtores que a produção nacional não pode ser defendida, quando esta é indispensável e estruturante.
E como não pode valer tudo, este Partido naturalmente está onde tem de estar, com a sua acção e luta, ao lado dos trabalhadores e do povo.
Esperança e confiança
Quiseram que o 25 de Abril não estivesse vivo nas ruas, janelas e AR, mas esteve. Quiseram que os trabalhadores não lutassem no 1.º de Maio mas lutaram e continuam a lutar em muitas empresas e locais de trabalho.
Claro que também não querem que o PCP intervenha e que a Festa do Avante! se realize. Não pelo receio que tentam incutir como pretexto, mas sim porque sabem o que ela representa de resistência, de luta, da solidariedade e de expressão cultural ímpar, num sinal claro de esperança e confiança de que é possível combater o vírus, sem pôr em causa direitos e liberdades. A sua realização, a participação dos militantes comunistas, democratas e patriotas, particularmente no comício de domingo, será sem dúvida uma forte expressão dessa afirmação.