GARANTIR O ÊXITO DA FESTA
«Dar mais força ao PCP»
A realização da Festa do Avante! é sempre uma importante afirmação política do exercício de direitos democráticos e de intervenção em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo.
Como o PCP repetidamente tem vindo a afirmar, a Festa do Avante! será realizada com toda a responsabilidade e garantindo integralmente as condições para o seu usufruto em tranquilidade e segurança, adoptando todas as medidas de protecção e prevenção que se revelem necessárias.
Tais medidas não só valorizarão o espaço da Festa e o seu uso, como garantirão condições para fruir o seu diversificado programa cultural e artístico, nomeadamente nos três palcos principais por onde passará o melhor da música portuguesa e no Cineavante e no Avanteatro, este ano realizados ao ar livre. Elementos que conviverão com o debate político, com o livro e o disco, com a gastronomia e o artesanato.
E, no âmbito da Festa do Avante! assumirá um particular significado e importância política o comício que se realizará na tarde de Domingo, como afirmação democrática, resposta à campanha que visa condicionar a actividade do PCP, o exercício das liberdades e a efectivação de direitos sociais e económicos, a defesa dos trabalhadores e do povo, a luta por uma vida melhor e por uma sociedade mais justa.
Importa, pois, tomar todas as medidas necessárias para dinamizar a divulgação da festa, assegurar a venda da EP, concluir a construção, acautelar as medidas de prevenção e protecção.
A par da preparação da Festa do Avante!, o PCP intervém exigindo respostas para os problemas dos trabalhadores, do povo e do País, denunciando os ataques aos seus direitos, colocando a questão do aumento dos salários (e, em particular do Salário Mínimo Nacional) como uma emergência nacional, defendendo o emprego com direitos, responsabilizando quer o Governo do PS, quer PSD e CDS (a que se juntam agora os seus sucedâneos do Iniciativa Liberal e do Chega) pelo agravamento da exploração, que visa uma ainda maior acumulação, concentração e centralização da riqueza.
Temos pela frente uma situação marcada pela perspectiva de uma recessão económica profunda e pelo agravamento de todos os problemas que exigia outras medidas e opções, de curto e de longo alcance, só possíveis com uma política diferente, em ruptura com o caminho imposto ao País nas últimas décadas.
Porém, o que a vida vai mostrando e os factos confirmando é que aqueles que no passado se concertaram para impor a política de direita, estão hoje a preparar o terreno para perpetuar essa política.
Falam de novas soluções, mas o que temos visto nestes últimos meses é a repetição dessa política e das opções do passado, privilegiando sempre os senhores do dinheiro e do poder económico.
O que vemos é o desenvolvimento de uma estratégia para restabelecer e dar uma base duradoura à política de direita, de convergência entre PS e PSD, como aliás se vem verificando sempre que se trata de aprovar medidas ou dar suporte a opções de favorecimento do grande capital ou de submissão à União Europeia e ao euro.
Como referiu Jerónimo de Sousa no jantar-comício em Vila Real de Santo António no sábado passado, «A vida vai-nos dizer, em breve, se tal estratégia que apela e insinua vontades de entendimento à esquerda, com o PCP, ao mesmo tempo que dão seguimento e se preparam com o PSD crescentes entendimentos e uma efectiva concertação estratégica, não visa justificar e desresponsabilizar o PS pelas suas deliberadas opções à direita e claramente integradas na estratégia do grande capital.»
Ora, do que Portugal precisa não é da política responsável pelos seus problemas estruturais. O que faz falta ao País é a política alternativa patriótica e de esquerda que responda aos seus défices e assegure o seu desenvolvimento soberano, uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores, defenda a produção nacional, crie emprego com direitos e garanta o controlo público dos sectores básicos e estratégicos.
É na luta por direitos e por essa alternativa que se inserem as muitas lutas dos trabalhadores que têm vindo a travar-se, e que vão continuar a desenvolver-se em torno da acção reivindicativa.
Com os trabalhadores e estimulando a sua luta está, como sempre esteve, o Partido Comunista Português, assumindo o seu papel.
É, pois, necessário reforçar o PCP. É preciso preparar a Festa do Avante!, mas é também preciso preparar o XXI Congresso planificando desde já a sua terceira fase, realizando o programa das comemorações do seu centenário e, inserida nele, dinamizar a campanha nacional de fundos, avançar na definição de 100 novos responsáveis por célula e na criação de 100 novas células de empresa, local de trabalho e sector profissional.
A praticamente duas semanas do início da festa do Avante! de 2020, trabalhamos com confiança para garantir o seu êxito voltando a fazer dela a maior iniciativa político-cultural que se realiza no nosso País, a festa dos trabalhadores, da juventude e do povo português.