- Nº 2429 (2020/06/18)

Remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova em dúvida

Nacional

AMBIENTE A Junta de Freguesia (JF) de Fânzeres e São Pedro da Cova não desiste de lutar pela remoção dos resíduos perigosos do seu território, originários da Siderurgia Nacional da Maia.

«Sempre estivemos convictos que o Ministério do Ambiente, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a Câmara Municipal de Gondomar (CMG) também fazem parte dos organismos que estão empenhados na resolução deste enorme passivo ambiental. No entanto, não encontramos motivos plausíveis para a ausência de informação que justifique o longo impasse que estamos a viver», lamenta a JF de Fânzeres e São Pedro da Cova, em comunicado de 5 de Junho.

Além da clarificação sobre o ponto de situação do processo, a autarquia, de maioria CDU, exige explicações sobre os consecutivos atrasos legais alegados pelo ministro do Ambiente e pela CCDR-N. Da CMG reclama-se esclarecimentos sobre «qual o ponto de situação dos processos de expropriação de terrenos no local onde estão depositados os resíduos perigosos, uma vez que, segundo a informação da edilidade gondomarense, estes deveriam ter sido resolvidos “o mais tardar até Março”, desconhecendo-se até à data qualquer avanço e perspetiva de concretização das expropriações».

Neste sentido, acrescenta a JF, é «urgente» que aquelas três entidades se pronunciem sobre o processo e esclareçam qual o ponto de situação da remoção, qual a previsão do seu início e para quando um calendário de operações. A autarquia quer ainda saber sobre a «veracidade de algumas informações», nomeadamente que o «processo de expropriação por concluir pela CMG é agora bloqueio à concretização do início da remoção de resíduos» e, a ser verdade, «porque não foi a JF informada de tais situações».