
O actor francês Michel Piccoli, considerado um «monumento do cinema francês», faleceu aos 94 anos no dia 12, apesar da notícia apenas ter sido avançada na passada segunda-feira. Foi vítima de um derrame cerebral.
Nascido em Paris, em 1925, filho de pais músicos, Michel Piccoli, apesar de já contar com 60 filmes para televisão de experiência, só alcançaria o grande público aos 38 anos com a sua participação em O Desprezo, de Jean-Luc Godard. E seria só apenas após os seus 40 anos que se tornaria verdadeiramente famoso, com a sua participação em O Banquete de Pierre, de Marcel Bluwal.
Ao todo, Michel Piccoli representou em mais de 200 filmes e dezenas de peças de teatro. Para além de Godard e Bluwal, trabalhou com muitos dos directores mais destacados da história do cinema: de Luis Buñuel e Jean Renoir a Marco Ferreri e Alfred Hitchcock. Da vasta filmografia do actor francês também fazem parte obras do realizador português Manoel de Oliveira, como Vou para casa, Party e Belle Toujours.
A escritora urugaia Sofia Ferrés venceu a 8.ª edição do Prémio Literário Glória de Sant’ Anna. O prémio foi atribuído ao terceiro livro da poetisa, Desmatéria, no qual, segundo a editora brasileira que o publicou, é traçada uma «cosmogonia poética particular» que cria um universo de lírica amorosa composta por linguagem, pedagogia e sublimação.
O Prémio Literário Glória de Sant´Anna é um galardão internacional em memória da poetisa que lhe dá o nome e premeia o melhor livro de poesia em língua portuguesa editado no ano corrente.
O júri desta edição do prémio foi composto por Maria Dovigo, da Galiza, Ondjaki, de Angola, e Jacinto Guimarães, Andrea Pais e Eduardo Medeiros de Portugal.
Sofia Ferrés já tinha integrado a lista final na edição de 2019 do prémio literário com o livro En_vuelta.
No dia 18, Dia Internacional dos Museus, todos os espaços museológicos puderam reabrir as suas portas. Para além da entrada gratuita, já usual, em todos os espaços sob a tutela da DGPC, foram vários os museus que celebraram o dia com novas exposições ou iniciativas.
Em Lisboa, o Museu Nacional de Arte Antiga apresentou o espaço para o futuro restauro dos Painéis de São Vicente que terminará apenas em 2022 e inaugurou a exposição temporária de Julião Sarmento.
O Museu Nacional de Arte Contemporânea apresentou a nova mostra «Nos Palcos da Paixão» realizada em parceria com o Museu Nacional do Teatro e da Dança e a Fundação Calouste Gulbenkian estreou um programa comemorativo online que inclui música, dança, performances, depoimentos e visitas fora de horas.
No Porto, nos espaços de Serralves foi inaugurada a exposição Lourdes Castro: A Vida é como ela é!.
A actriz mexicana Pilar Pellicer faleceu, no dia 16, aos 82 anos. O nome memorável da história do cinema e da televisão mexicana foi mais uma das vítimas da COVID-19 no país.
Pilar Pellicer nasceu em 1938, na cidade de Villahermosa, e iniciou a sua carreira como actriz nos finais da década de 1950, durante a chamada época de ouro do cinema mexicano. Ao longo de toda a sua vida participou em mais de 40 filmes, 20 telenovelas e noutras tantas peças de teatro.
Depois de se estrear no filme Vendedor de Muñecas, participou no filme Nazarín, de Luis Buñuel, que viria a ser distinguido no Festival Internacional de Cinema de Cannes de 1959.
Os trabalhos de reconstrução da Grande Mesquita de Alepo, a maior mesquita da cidade síria, têm avançado em direcção ao objectivo de restaurar todas as características destruídas nos sucessivos ataques que tentaram obliterar o símbolo da cidade.
Trabalhos de restauração da mesquita, inicialmente construída durante o século VIII, tinham começado em 1999 e terminado em 2006, mas, entre 2012 e 2013, o monumento sofreu grandes danos que quase o destruíram por completo.
Uma equipa composta por vários especialistas tem-se empenhado na recuperação do edifício, incluindo a cantaria com inscrições de versos do Alcorão datavam de 1300, e o minarete que era considerado património mundial da UNESCO.