O director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, voltou a destacar a importância de unir forças em questões como a busca de uma vacina contra o coronavírus SARS-Cov-2 e a distribuição justa em todo o mundo dessa vacina e de outros medicamentos.

Falando em Genebra, sede da OMS, na segunda-feira, 4, numa conferência de imprensa, o responsável máximo da agência das Nações Unidas para a saúde insistiu que «a medida final do êxito não será quão rapidamente poderemos desenvolver ferramentas seguras e efectivas contra esta enfermidade mas sim quão equitativamente poderemos distribuí-las». Acrescentou que «nenhum de nós pode aceitar um mundo em que algumas pessoas estão protegidas enquanto outras continuam expostas».

O apelo à cooperação internacional também esteve presente numa cimeira ­on-line celebrada pelo Movimento dos Países Não Alinhados sobre o tema «Unidos contra a COVID-19», convocada pelo presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, presidente em exercício do Mnoal.

Na reunião participaram representantes de 15 Estados, no formato de Grupo de Contacto, representativo das regiões que integram os 120 países membros, tendo participado também delegados de diversos organismos das Nações Unidas, entre os quais a OMS.

Entre as intervenções do encontro dos Não Alinhados, contou-se a do presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que instou à globalização da solidariedade para enfrentar com êxito a pandemia.

«Digamos com honestidade: se tivéssemos globalizado a solidariedade como globalizámos o mercado, a História seria outra», afirmou o presidente cubano. Esta pandemia demonstrou a fragilidade de um mundo fracturado e excluidor, enfatizou Miguel Díaz-Canel, lembrando que nem os mais ricos e poderosos poderiam sobreviver sem os que com o seu trabalho criam e sustentam as riquezas.