Garantir os transportes
«Face à situação e à diminuição da actividade e circulação de pessoas, as várias empresas de transportes diminuíram significativamente a oferta, com a supressão de carreiras e redução de frequência», denuncia a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP, que, anteriormente, já havia considerado que a redução da oferta estava a acontecer «para lá do aceitável» mesmo no actual contexto.
A situação «deixou trabalhadores sem transportes nas deslocações entre casa e trabalho e fez com que a lotação dos autocarros ou do metro não permitisse salvaguardar o distanciamento recomendado», frisa ainda a DORP, que considerando «o conjunto de medidas para a retoma da actividade económica, designadamente com a intensificação do funcionamento da indústria, do comércio e dos serviços, chama a atenção para a necessidade da reposição das carreiras e frequências dos comboios, do metro do Porto e dos autocarros dos vários operadores, sejam públicos ou privados, tendo como referência o serviço que existia no início de Março».
«Esta medida deve ser acompanhada ainda do fim dos processos de lay-off, da readmissão dos motoristas (e outros trabalhadores) despedidos desde o início do surto epidémico, sem perda de direito, e da garantia de medidas de higienização e segurança que a situação impõe», acrescenta a organização do Partido, para quem é igualmente importante «monitorizar permanentemente a procura e garantir o reforço da oferta, caso as necessidades de distanciamento social assim o aconselhem».