Faleceu Elvira Gonçalves, fundadora da Intervenção Democrática
Maria Elvira Barroso Gonçalves, fundadora e membro do Conselho Geral da Associação Intervenção Democrática – ID, faleceu no dia 8, quarta-feira.
Natural de Lisboa, jurista de profissão, cursou piano no Conservatório Nacional na classe de António Duarte da Costa Reis. Posteriormente, aperfeiçoou os seus conhecimentos naquele instrumento junto de Jorge Croner de Vasconcelos.
Na sua carreira musical fez-se ouvir em concerto, acompanhada pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, e, a solo, no Conservatório do Porto, Instituto Italiano de Cultura, Sociedade Nacional de Música de Câmara, «Sonata», Academia de Amadores de Música, Emissora Nacional, Juventude Musical Portuguesa e Politeama.
Em 1962 interpretou para a etiqueta «Arquivos Sonoros Portugueses» Duas Sonatinas Recuperadas, de Fernando Lopes Graça, disco que se encontra hoje completamente esgotado.
Em 1948 foi uma das sócias fundadora da Juventude Musical Portuguesa.
Com o seu companheiro de sempre, António Santos Gonçalves, irmão do General Vasco Gonçalves, participou com a alegria e entusiasmo que a caracterizavam, nas lutas pela Liberdade e pela Democracia nas CDE e, após o 25 de Abril, no MDP/CDE e, actualmente, na Intervenção Democrática.
O Secretariado do CC do PCP endereçou um telegrama à ID e à família com o seu voto de pesar salientando que guarda de Elvira Gonçalves a memória da sua profunda convicção democrática.