Vida dá razão ao PCP
«A saída da APIN [Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior], para onde Penacova nunca devia ter entrado, teria sido evitada se, sem sectarismos, os outros partidos tivessem escutado os avisos e alertas da CDU», sublinha a Comissão Concelhia de Penacova do PCP, que recorda que «no início de todo este processo, avisámos que o que estava em marcha a médio prazo era criar escala de negócio» visando a subida do preço da água, «para depois dar esse filão de negócio a privados».
«Os munícipes perceberam isso claramente e demonstraram-no com a luta», acrescenta a organização do Partido, que em comunicado divulgado no final da semana passada, alerta, contudo, que «os perigos não deixam de existir, mesmo do aumento da água», os quais «só serão minimizados com a substituição» do aparato normativo em vigor, nota-se ainda.
O PCP considera, igualmente, que «não é aceitável que o Governo apenas desbloqueie verbas dos Fundos Comunitários para os municípios que aceitem participar em processos que apenas beneficiarão o negócio», e tão pouco se pode aceitar que «sucessivos executivos municipais não tenham desenvolvido planos de investimento nos sistemas de abastecimento de água e saneamento».
A Comissão Concelhia de Penacova recusa, assim, «a intromissão da ERSAR», defende que deve ser assegurado o acesso «a este bem público e direito fundamental – a água –, associada à sustentabilidade dos sistemas e à capacidade de absorção de parte dos custos através dos orçamentos municipais», e realça que «o que se impõe neste momento difícil que atravessamos é que o município tome medidas de apoio aos consumidores», fixando que «o tarifário do resto deste ano seja o mesmo do ano passado».