PCP condena nova provocação golpista dos EUA contra a Venezuela
PROVOCAÇÃO O PCP condenou mais uma provocação do imperialismo norte-americano contra a soberania da Venezuela, o seu povo e seus legítimos dirigentes, no momento em que a humanidade enfrenta os desafios colocados pela COVID-19.
Escalada da agressão contra a Venezuela merece ampla condenação no plano internacional
A Venezuela denunciou que, quando «a humanidade enfrenta a mais feroz das pandemias», o governo dos EUA volta a arremeter contra o povo venezuelano e as suas instituições democráticas, «utilizando uma nova modalidade de golpe de Estado na base de acusações miseráveis, vulgares e infundadas» que tentam minimizar o papel do país na luta contra o narcotráfico, reconhecido em diferentes planos multilaterais.
«A política de mudança de governo pela força na Venezuela está destinada ao fracasso», assegura uma nota da República Bolivariana de Venezuela, divulgada em Caracas, a 26 de Março. «A profunda frustração da Casa Branca é produto da paz que reina hoje na Venezuela, cujas autoridades lograram neutralizar todas as tentativas golpistas e desestabilizadoras planificadas e financiadas a partir dos EUA», considera.
O comunicado afirma que «o povo da Venezuela e o seu Governo Bolivariano enfrentarão com a verdade todos os ataques e mentiras vindos do principal Estado promotor do terrorismo e do narcotráfico no mundo». E acrescenta que «as instituições democráticas da Venezuela garantem a protecção do povo venezuelano face a qualquer acção desesperada do governo de Donald Trump».
Provocação golpista
A propósito desta «nova provocação golpista dos EUA contra a Venezuela», o Gabinete de Imprensa do Partido Comunista Português divulgou, a 27 de Março, a seguinte nota:
«As insultuosas acusações lançadas pela administração Trump contra o Presidente Nicolás Maduro, dirigentes e altos funcionários da República Bolivariana da Venezuela, usando caluniosamente alegadas questões ligadas a tráfico de droga, constituem um novo acto ignóbil que, ao mesmo tempo que revela o fracasso de anteriores operações desestabilizadoras, se insere na política de ingerência e agressão que, violando as mais elementares normas do direito internacional, visa derrubar o legítimo governo venezuelano.
O PCP denuncia e condena nos termos mais firmes esta nova provocação golpista do imperialismo norte-americano contra a soberania da Venezuela e os direitos do seu povo, que acontece, precisamente, quando a humanidade enfrenta os desafios colocados pela grave pandemia do COVID-19.
Cabe salientar, nas presentes circunstâncias, que os EUA ao invés de optarem pela promoção da cooperação e entreajuda no plano internacional, aproveitem a presente situação para intensificar uma intolerável agenda virada para a desestabilização e o reforço de medidas e sanções ilegais e arbitrárias contra países soberanos.
No tocante à Venezuela, desde há muito, os objectivos dos EUA são claros: consumar a “operação de mudança de regime” iniciada com as tentativas de golpe de Estado e o desencadear da guerra económica e imposição de um bloqueio ilegal e desumano, que atinge o povo da Venezuela e a comunidade portuguesa aí residente; derrotar a experiência libertadora e conquistas populares da Revolução bolivariana; instalar um governo fantoche ao seu serviço e apropriar-se das vastas riquezas naturais existentes neste país sul-americano.
A presente escalada de ingerência e agressão contra a Venezuela deve ser amplamente condenada no plano internacional. O PCP insta o Governo português a assumir uma postura que, em conformidade com a Constituição da República Portuguesa e o Direito Internacional, se paute pelo inequívoco respeito da soberania e independência da República Bolivariana da Venezuela e a rejeição da campanha de ingerência e desestabilização dirigida pelos EUA.
O PCP reafirma a sua solidariedade às forças bolivarianas e ao povo venezuelano e à sua luta em defesa da Revolução bolivariana e da soberania da sua pátria».
CPPC condena nova
conspiração dos EUA
O Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC) condenou a nova conspiração dos EUA contra a Venezuela.
«Em plena pandemia da COVID-19 no mundo, a Administração dos EUA, presidida por Donald Trump, acaba de dar mais um autêntico golpe contra a Venezuela e o povo venezuelano, ao acusar o seu legítimo Presidente, Nicolás Maduro, e outros responsáveis venezuelanos, de um alegado envolvimento em “tráfico de drogas”, sem que tenha sido apresentada uma qualquer demonstração que possa sustentar esta alegação, e ao estabelecer uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levem à sua detenção e/ou condenação», lembra o CPPC num comunicado de 28 de Março, da sua direcção nacional.
«Os EUA, com a cumplicidade do governo da Colômbia, insistem na mais miserável provocação e na infame conspiração contra a Venezuela e o governo presidido por Nicolas Maduro, depois do FMI ter recusado o apoio de cinco mil milhões de dólares à Venezuela para fazer face à COVID-19, numa criminosa postura que revela a mais completa indiferença pelas eventuais consequências da pandemia para o povo venezuelano, assim como para a comunidade portuguesa que vive neste país», lê-se no comunicado.
Recorde-se que as sanções e o bloqueio económico impostos de forma ilegal e unilateral pelos EUA – à margem e em confronto com o direito internacional – contra a Venezuela e o seu povo, têm dificultado a aquisição por este país de medicamentos e equipamentos médicos, que necessita para assegurar plenamente o direito à saúde dos venezuelanos, uma necessidade que acresce face à pandemia de COVID-19. Saliente-se que os EUA aplicam sanções secundárias contra as entidades que, no quadro e respeito pelo direito internacional, não se submetem aos ditames dos EUA.
Denuncia o CPPC que «quando por todo o mundo se fazem apelos à convergência de vontades para enfrentar a pandemia e as suas consequências, e na Venezuela o seu governo procura enfrentar a doença com medidas rápidas e enérgicas, a administração norte-americana prossegue e aprofunda as suas manobras de desestabilização e agressão contra o povo venezuelano, somando às tentativas de golpe de Estado e às ilegítimas sanções e bloqueio económico já impostos, novas e graves ameaças, numa clara afronta à soberania da Venezuela, à Carta da ONU e ao direito internacional».
O Conselho Português para a Paz e Cooperação «repudia e denuncia esta vergonhosa conspiração dos EUA, em conluio com a Colômbia, e apela a todas as pessoas empenhadas na defesa da justiça e da paz para que se associem nesta denúncia, exigindo do governo português uma imediata tomada de posição de distanciamento e repúdio por mais esta inaceitável manobra da administração norte-americana».
Também o Conselho Mundial da Paz (CMP) condenou a nova escalada de provocações, de medidas coercivas e de ingerência de Washington contra um país soberano.
Expressando profunda solidariedade com o povo venezuelano e as suas forças anti-imperialistas na luta em defesa do direito soberano de escolher a sua liderança e o seu destino sem ingerências estrangeiras, o CMP apela aos seus membros para o reforço das acções solidárias com o povo da Venezuela.