1796 – Primeira vacina conhecida
A palavra vacina vem do latim vaccina, feminino do adjectivo vaccinu, relativo a vacca (vaca) e entrou definitivamente na história da humanidade graças ao médico inglês Edward Jenner, que dedicou cerca de 20 anos de sua vida aos estudos sobre a varíola e estabeleceu as primeiras bases científicas da prevenção da doença. Jenner percebeu que as pessoas que se contaminavam com varíola bovina, ao ordenhar vacas, tornavam-se imunes à varíola humana, muito mais violenta. A doença, chamada de «cowpox», assemelhava-se à varíola humana pela formação de pústulas. Em 1796 o médico inoculou um rapaz com o pus extraído de feridas de vacas contaminadas; passadas seis semanas, inoculou-o com a varíola e verificou não haver qualquer reacção da doença. Estava descoberta a propriedade de imunização. Após várias experiências, Jenner divulgou o seu trabalho «Um Inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola», dando início a uma nova era da medicina. Em 1885, Pasteur usa o mesmo método para criar a vacina contra a raiva; em 1960, Albert Sabin cria a vacina contra a paralisia infantil. Portugal acompanha a história da vacinação: em 1812 é recomendada a vacinação universal gratuita contra a varíola; em 1965 arranca o Programa Nacional de Vacinação.