Coronavírus recua na China mas alastra no mundo
O mundo tem de se preparar para uma «eventual pandemia» do novo coronavírus enquanto se concentra na contenção da epidemia, realçou na segunda-feira, 24, numa conferência de imprensa realizada em Genebra, o director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. O responsável considerou «muito preocupante» o súbito aumento do número de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão. A entidade decidiu enviar missões para a Itália e o Irão, de modo a apoiar as autoridades nacionais a implementarem as necessárias medidas de contenção.
No entanto, a epidemia recuou na China, país onde o novo coronavírus surgiu no final de Dezembro, infectando desde então quase 80 mil pessoas, das quais morreram já mais de 2500. No gigante asiático, o pico foi atingido entre 23 de Janeiro e 2 de Fevereiro tendo deste então entrado em declínio. Valorizando as medidas tomadas pelas autoridades chinesas para conter a propagação da epidemia, o director-geral da OMS salientou que este recuo «deve dar aos países esperanças de que esse vírus possa ser contido».
Ghebreyesus acrescentou ainda que a missão da OMS à China ajudou a demonstrar que «não houve mudança significativa no ADN do coronavírus».
Até ao momento, não há registo de infectados em Portugal. O único português com o vírus encontrava-se a bordo do cruzeiro Diamond Princess e foi já encaminhado para um hospital no Japão.