CONCENTRAÇÂO Os trabalhadores dos centros de contacto não desistem de lutar e dia 24 protestaram frente a uma das operadores para quem trabalham com o objectivo de chamar à atenção para as suas reivindicações
De acordo com informação divulgada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (SINTTAV), a concentração decorreu entre as 10h00 e as 12h00 de terça-feira junto da NOS Comunicações, na Campanhã, Porto, como o propósito de «enviar às empresas a mensagem de que a estabilidade social e laboral nos centros de contacto vai depender da sua disponibilidade para o dialogo», e ao Governo para que promova «um debate responsável com resultados concretos que se identifiquem com as aspirações de dezenas de milhares de trabalhadores».
Na greve iniciada a dia 23 e que se prolonga até ao próximo dia 31, os trabalhadores dos centros de contacto contestam os baixos salários e «uma legislação que os condena eternamente a vínculos precários». Pelo que exigem «medidas concretas» para a «revisão urgente da legislação», visando «acabar com este flagelo da precariedade no trabalho, que nos call center atinge mais de 100 mil trabalhadores, muitos deles há mais de 20 anos, a darem a cara pelos grandes operadores, seja na Altice, MEO, NOS, Vodafone, EDP e outras».
Ou seja, além de reivindicarem uma valorização que compatibilize as remunerações com «a elevada responsabilidade no exercício das suas funções», insistem que «a relação e natureza do trabalho permanente» que mantêm com aquelas empresas justifica «um vinculo contratual com elas, e não manterem-se ligados a empresas de trabalho temporário ou outsourcing» sem garantia de futuro ou reconhecimento da sua capacidade de trabalho.
Os trabalhadores, afirma ainda o SINTTAV, consideram que «esta greve encerra um ano de intensa luta», a qual vai continuar em 2020 caso não venham a ser satisfeitas as pretensões dos trabalhadores.
Seia pára no Natal
Também neste período festivo estão em greve os trabalhadores que prestam serviço no Centro de Contacto da EDP em Seia. A motivar as paralisações, convocadas para os dias 24, 25 e 26, e para 31 de Dezembro, 1, 2 e 3 de Janeiro, está a reclamação de melhores salários e condições de trabalho.
De acordo com uma nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro Norte, os trabalhadores estão descontentes com a atitude da empresa, que não só não respondeu ao caderno reivindicativo apresentado como, além do mais, persiste na alteração sucessiva de horários de trabalho, em particular ao fim-de-semana, entre muitas outras situações.