Salvar a SATA
A Direcção da Organização Regional dos Açores (DORAA) do PCP «reitera que o Grupo SATA deve permanecer exclusivamente do domínio público e que é necessário e urgente encontrar soluções para a sua capitalização, à qual se deve associar uma estratégia que garanta não só o cumprimento do seu principal objecto – garantir o direito à mobilidade dos açorianos – mas também uma vertente de expansão comercial com uma frota adequada e dimensionada». A posição foi divulgada no final de uma reunião entre uma delegação comunista e o movimento cívico «Reformados da SATA», ocorrida no passado dia 9.
No encontro realizado por solicitação do movimento, o PCP tomou nota das «principais preocupações deste grupo de cidadãos face à actual situação do Grupo SATA», designadamente a tentativa de contribuir para o futuro de «um pilar estruturante da autonomia regional».
«A DORAA do PCP saúda estes antigos trabalhadores da SATA e a sua disponibilidade para, junto dos poderes instituídos e da opinião pública regional, recuperar uma imagem positiva da transportadora regional e, sobretudo, contribuir para alertar para a importância dos Açores terem uma companhia aérea que sirva os interesses regionais, como seja o direito à mobilidade dos açorianos e a economia regional».
A Direcção comunista, acrescenta-se ainda no comunicado de imprensa, «acompanha as preocupações deste movimento cívico e exorta os açorianos para os graves perigos que pesam sobre o futuro do Grupo SATA», e acusando o governo regional de «incúria» e «inércia», mas «também de instrumentalização da SATA para servir clientelas e propósitos eleitorais» e de «ausência de uma estratégia de posicionamento no mercado do transporte aéreo», reitera que «a necessária capitalização da empresa não passa, como aliás já foi demonstrado através da tentativa gorada de alienação de 49 por cento da SATA Internacional, pela privatização parcial ou total de uma ou mais empresas do Grupo SATA».