A criação da II Internacional, na qual Friedrich Engels teve um papel preponderante, respondeu a uma necessidade colocada pelo crescimento do movimento operário e socialista, que desde a extinção da Associação Internacional dos Trabalhadores (conhecida como I Internacional), em 1876, não tinha qualquer tipo de coordenação entre os diferentes destacamentos nacionais. Este processo revelou-se particularmente acidentado, dadas as divergências existentes quer estratégicas e tácticas quer relativas ao âmbito e funcionamento da nova estrutura. Só após um intenso debate e várias conferências e congressos internacionais é que a II internacional seria constituída, muito embora se situe a sua fundação no dia 14 de Julho de 1889, num congresso realizado em Paris, pois terá sido aí que o processo se iniciou.

Ao contrário da Associação Internacional dos trabalhadores, a II Internacional não foi uma estrutura centralizada com funcionamento permanente, mas uma federação de partidos e grupos nacionais autónomos, o «futuro parlamento do proletariado», como ficou conhecida. A traição da maioria da II Internacional face à guerra imperialista ditou o seu fim. Os sectores comunistas, impulsionados pela Revolução de Outubro, criaram a III Internacional, em 1919.