Arsenal do Alfeite em luta porque «ainda não é tarde»

LEGISLATURA Com este Governo, o estaleiro naval de referência sofre um definhamento que pode ser irreversível, desmentindo aquilo com que outro Executivo do PS justificou a passagem a SA em 2009.

Existem todas as condições para encetar a modernização

«Por um Arsenal do Alfeite com futuro, público e ao serviço do País», decorreu na sexta-feira, 27 de Setembro, uma jornada de luta promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (Steffas/CGTP-IN) e pela Comissão de Trabalhadores do estaleiro naval da Marinha.

A meio da manhã, realizou-se um plenário, no refeitório, onde foi aprovada uma moção dirigida à administração da empresa. Para entregar o documento, os trabalhadores deslocaram-se ao edifício onde funciona a administração.

Após o almoço, em autocarros, os trabalhadores viajaram até ao Terreiro do Paço, para se concentrarem frente ao Ministério das Finanças. Do palco instalado na grande praça da estação fluvial, foi apresentada uma moção dirigida ao ministro das Finanças, aprovada e entregue em seguida por uma delegação.

Entre outros, aqui intervieram o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, outros dirigentes da confederação e das uniões de sindicatos de Lisboa e de Setúbal. A reafirmar a solidariedade e apoio do PCP, usou também da palavra o deputado Bruno Dias.

«Não se compreende como, em quatro anos, em que tanto a Arsenal do Alfeite SA como o País possuíram e possuem todas as condições para empreender a indispensável modernização do estaleiro, se chega ao final da legislatura com a perspectiva de um definhamento que se pode tornar irreversível», protesta-se na moção dirigida a Mário Centeno, assinalando que «o Ministério tutelado por V. Ex.ª é um dos principais responsáveis, se não o principal» por tal situação.

No documento recorda-se que a falta de autorizações para admissão de pessoal, promoções profissionais e investimentos para modernização e reequipamento «tem actuado como um travão ao desenvolvimento do estaleiro».

Os trabalhadores salientam que «ainda não é tarde» para «o reforço do quadro de pessoal, assegurando a passagem de conhecimentos, e para a preparação das infra-estruturas, tendo em conta os desafios do futuro». Manifestam-se «dispostos a arregaçar as mangas e assegurar a construção de um futuro para este estaleiro», mas avisam que é «indispensável que não vejam todos os seus esforços boicotados pelo Governo, como até aqui».

 



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