Não há qualquer incompatibilidade entre a actividade humana dos mariscadores e viveiristas e a defesa ambiental da Ria Formosa. Esta foi, em síntese, a ideia-chave defendida por Jerónimo de Sousa no final de um viagem de barco com pescadores e mariscadores.
A actual proibição da actividade por aqueles que ali toda a vida tiveram o seu ganha pão está a gerar uma situação dramática, «põe em risco a sobrevivência de inúmeras famílias», alertou Jerónimo de Sousa.
Apesar das diligências que o PCP tem desenvolvido na AR para clarificar a situação, infelizmente, a «resposta continua ser muito pouco clara», lamentou o líder comunista, que falava junto ao cais, em Olhão.
«Esta actividade artesanal casa bem com a defesa do ambiente, com a defesa da Ria Formosa», sustentou, dizendo esperar que aqueles que mandam na Ria Formosa «tenham o discernimento de ver que ao longo dos séculos nunca a Ria Formosa ficou comprometida com a actividade dos mariscadores».