Agosto de 1919 – A Constituição de Weimar

Após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial e a queda do II Reich e do imperador Guilherme II em Novembro de 1918, o governo do país foi exercido por um executivo provisório que integrava os dirigentes dos partidos Social Democrata Alemão e Social Democrata Alemão Independente. Esmagada por estas forças a chamada Revolução Alemã com o assassinato dos seus principais dirigentes, incluindo os comunistas Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, em Janeiro de 1919 realizaram-se eleições para a Assembleia Constituinte, que seis meses depois proclamou em Weimar a nova Constituição. A Alemanha torna-se uma República parlamentarista, de cariz liberal, formada pelo Reichstag (Parlamento) e pelo Reichsrat (assembleia dos representantes dos estados, de caráter consultivo), com um presidente e um chanceler (primeiro-ministro) na chefia do Estado. Graças à nova Constituição, os alemães passam a usufruir de importantes direitos como a jornada de trabalho de oito horas, subsídio de desemprego, direito à habitação, direito de votos para as mulheres, liberdade de expressão e de informação. Cavalgando uma profunda crisa económica agravada pela grande depressão de 1929, os nazis chegam ao poder em 1933, pondo fim à República de Weimar e à sua Constituição.