Aos 99 anos, faleceu o comandante Vasco da Costa Santos, um homem íntegro, de convicções fortes, lutador antifascista, o que lhe valeu estar preso, em instalações militares, 15 meses.
Em Março de 1962 é passado compulsivamente à situação de reforma através de decreto assinado por Salazar. Foi activo participante na Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos e em diversas acções de luta pela liberdade e a democracia.
Após a Revolução de Abril foi reintegrado, sendo nomeado pelo Conselho da Revolução para integrar o órgão directivo da Casa das Pescas. Em Junho de 1975 é nomeado Comandante Naval do Continente. Em resultado do golpe de 25 de Novembro foi preso e posteriormente passado à reserva em Dezembro de 1976.
Sempre preocupado com a evolução de Portugal e do Mundo, abraçou as causas da paz e do desarmamento e nunca abandonou o campo da luta consequente contra a exploração, em defesa dos trabalhadores, de um Portugal soberano.
Anteontem, 3 de Setembro, o Secretário-geral do PCP endereçou «os mais sentidos pêsames» à família do comandante. Vasco da Costa Santos «permanecerá na nossa memória como um homem íntegro, de carácter, fortes convicções, sempre em defesa dos mais fracos e oprimidos», lê-se na carta, que destaca o «homem que abraçou a causa da luta pela liberdade e a democracia, de cuja Revolução de Abril, que este ano comemora o seu 45.º aniversário, ele foi obreiro».