Candidatos CDU por Lisboa prometem honrar o voto dos eleitores

COMPROMISSO A CDU apresentou, no largo de São Carlos, faz hoje uma semana, a lista de candidatos às próximas eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Lisboa. Participaram cerca de 300 apoiantes.

«Uma lista de candidatos que dá garantias de trabalho responsável»

O calor que se fez sentir ao final da tarde não afastou os muitos participantes que afluíram ao centro da cidade de Lisboa para a iniciativa da Coligação PCP-PEV, iniciada com um momento cultural pela dupla Tiago Santos e Sofia Lisboa. À medida que os 53 candidatos iam sendo chamados (os seus nomes foram já divulgados no último Avante!), os presentes, que transbordavam para fora da praça, irrompiam em ovações. No centro do pequeno palco estavam Fernando Correia, em representação da Intervenção Democrática, e os candidatos Mariana Silva (do PEV), Alma Rivera e Jerónimo de Sousa.

O Secretário-geral do PCP iniciou a sua intervenção destacando que a lista da CDU por Lisboa é composta por «gente que luta em defesa dos trabalhadores e das populações. Gente com provas dadas de dedicação e intervenção, onde marca presença a viva realidade e ligação ao mundo do trabalho e às suas organizações». Acrescentou ainda tratar-se de uma lista de «candidatos conhecidos pela sua capacidade, generosidade, empenho e com garantias de trabalho responsável».

Mais força à CDU para fazer face aos perigos...
A legislatura que agora termina foi marcada pelo decisivo papel dos deputados do PCP e do PEV, num quadro parlamentar em que PS, PSD e CDS não tiveram condições para continuar a degradar os direitos dos trabalhadores e do povo e perpetuar «a sua política de sempre, na sua plenitude», como afirmou Jerónimo de Sousa.

Os avanços que beneficiaram a maioria dos portugueses, alcançados ou garantidos pela CDU, formam um rol interminável de medidas e comprovam que o PCP e o PEV são as únicas forças em cujo voto nunca foi nem será traído. Mas se esta legislatura foi marcada por avanços, são muitos os perigos que se aproximam para os próximos quatro anos, sublinhou o dirigente comunista.

«Os riscos de voltar para trás não resultam de um qualquer forçado processo de intenção da nossa parte, os sinais de risco são bem reais», afirmou o Secretário-geral do Partido, referindo-se à natureza das opções tomadas pelo Governo do PS em matérias como as leis laborais, recentemente aprovadas «em convergência com PSD e CDS». A sistemática inviabilização das propostas do PCP, a facilidade em atribuir dinheiros públicos à banca e o desrespeito pela Lei da Greve são outros exemplos.

e avançar com confiança
É, pois, na defesa do que foi alcançado e na ampliação do processo de recuperação e conquista de direitos que a CDU insistirá na próxima legislatura. O Secretário-geral do PCP exemplificou com a apresentação de uma proposta, a ser votada pelos futuros deputados, na qual se propõe que o financiamento do passe social «não fique dependente da vontade deste ou daquele governo, mas que seja obrigatório e consagrado em Lei».

«Nós acreditámos que era possível recuperar, repor e conquistar direitos. Criar melhores condições de vida e de trabalho. Afinal não há derrotas para todo o sempre e valeu a pena a nossa acção e a nossa insistência, porque hoje os portugueses vivem melhor», afirmou Jerónimo de Sousa, concluindo que é «possível avançar e fazer da CDU a grande força propulsora da mudança de que o País precisa».

Antes de Jerónimo de Sousa, a dirigente do PEV e quarta candidata da CDU por Lisboa realçou que «depois da conquista do passe social, são necessários mais e melhores carruagens, mais e melhores autocarros, mais e melhores barcos, e, consequentemente, mais trabalhadores para este área. Continuaremos a lutar, não só pela descarbonização, como pelo direito a optar por um transporte público com condições de conforto, com horários aceitáveis e com mais oferta».

Fernando Correia, da Associação Intervenção Democrática, lembrou por sua vez que não existem eleições para primeiro-ministro: «as eleições são para eleger deputados e nestes quatro anos sabemos bem quem avançou com soluções para resolver problemas, quem foi determinante com a firmeza das suas propostas para repor direitos e rendimentos aos portugueses, foram as forças da CDU, os deputados do PCP e do PEV.»

 



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