Século XII – Capela Palatina

 

Síntese de diferentes culturas, a Capela Palatina de Palermo, que o escritor francês Guy de Maupassant classificou como a «igreja mais bonita do mundo, a mais surpreendente jóia religiosa sonhada pela humanidade e executada por mãos de artista», foi mandada construir por Rogério II de Altavilla, o primeiro rei normando da Sicília, em 1130. O corpo da igreja é dividido em três naves, de acordo com a tradição latina, mas é a tradição grega que preside ao presbitério, quadrado e encimado por uma cúpula, representando os quatro elementos naturais tidos como origem da matéria: terra, ar, água e fogo. Na paredes desta impressionante «capela do palácio», situada dentro do Palácio dos Normandos, há inscrições em latim e em grego, enquanto o piso, de mosaicos com pedras semipreciosas, é bem ao estilo árabe, tal como as estilizadas palmeiras que enfeitam as paredes, por sua vez encimadas por mosaicos bizantinos. Fruto do encontro de diferentes culturas e religiões, a capela foi erguida por bizantinos, muçulmanos e latinos; a inscrição em latim, grego e árabe de 1142 que se encontra na parede à esquerda da entrada, em memória do relógio hidráulico mandado construir por Roger II, é um testemunho da mistura de culturas e civilizações da Palermo normanda.