Os CTT podem mais
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações considerou inaceitável a decisão da administração dos CTT de encerrar as negociações salariais e aplicar, por acto de gestão, uma actualização que não excede um por cento (para salários até 1296,54 euros) e apenas assegura uma subida mínima de 10 euros.
Nenhum sindicato deu o seu acordo à proposta patronal, mas o SNTCT e outros apresentaram ainda uma «proposta mínima comum», procurando levar a empresa a «uma base mais favorável para os trabalhadores», como o sindicato da Fectrans/CGTP-IN explicou, num comunicado de 30 de Julho.
Nesta proposta, os sindicatos deram acordo de princípio à contratação de 100 carteiros e 50 TNG (técnicos de negócio e gestão), até final de 2019, embora reafirmando que estas admissões são poucas para os postos de trabalho em falta. Reivindicaram mais 1,3 por cento para salários até 1296,54 euros, assegurando um mínimo de 12 euros.
Os CTT recusaram, argumentando que não podiam ir mais longe, mas no dia seguinte apresentaram lucros de nove milhões de euros no primeiro semestre de 2019, mais 21 por cento do que no mesmo período de 2018.
O SNTCT vai «conjuntamente com outros sindicatos analisar a situação» e «discutir com os trabalhadores as medidas a tomar».