POR UM PCP E CDU MAIS FORTES
«concretizar a política patriótica e de esquerda»
A situação política nacional continua marcada pela intervenção dinâmica do PCP e da CDU concluindo as listas de candidatura nos 22 círculos eleitorais e, ao mesmo tempo, promovendo iniciativas e desenvolvendo contactos com as populações, para ouvir os seus problemas, dar a conhecer as suas soluções e mobilizá-las para o apoio à CDU como factor decisivo para avançar nas respostas aos problemas e aspirações dos trabalhadores, do povo e do País.
De facto, a dois meses das eleições legislativas de 6 de Outubro, importa reafirmar e difundir a mensagem da CDU e relembrar e insistir que, se nos últimos quatro anos houve avanços na defesa, reposição e conquista de direitos, isso se deveu à intervenção do PCP e da CDU; que é preciso continuar a avançar dando mais força à CDU; que só com um PCP e uma CDU mais fortes e influentes é possível romper com a política de direita, condição imprescindível para concretizar uma política verdadeiramente alternativa: a política patriótica e de esquerda que o PCP e a CDU defendem e propõem como condição para assegurar o nosso desenvolvimento soberano com justiça e progresso social.
Trata-se de criar condições, como evidencia o Programa Eleitoral do PCP, para assegurar um Portugal livre e soberano, um País que comanda o seu destino, um povo que constrói o seu futuro; um país desenvolvido e solidário, onde os trabalhadores e o povo encontrem plena resposta à realização dos seus direitos e aspirações; a defesa dos sectores produtivos e da produção nacional e a afirmação da propriedade social e do papel do Estado na economia; um Estado ao serviço do povo, que efective os direitos sociais, assegure o direito à saúde e educação e promova a cultura; um País coeso e equilibrado, a defesa do interior e do mundo rural, assente na regionalização e no ordenamento do território e numa política ambiental que salvaguarde a natureza; um Portugal livre e democrático, baseado no respeito pelos direitos e liberdades e no cumprimento da Constituição da República.
Trata-se de uma acção ímpar que, no entanto, tem contado com a discriminação negativa e a desigualdade de tratamento por parte dos principais órgãos de comunicação social, apostados em silenciar e distorcer a mensagem da CDU ao mesmo tempo que promovem, de forma descarada, outras candidaturas.
Na dinâmica acção do PCP integra-se também a preparação da Festa do Avante! com o prosseguimento da sua construção, a sua divulgação e a venda antecipada da EP. Uma Festa cuja 43.ª edição vai contar com um programa político-cultural de grande qualidade em que se destaca a grande diversidade de espectáculos, as múltiplas iniciativas de carácter político-cultural e, em particular, o comício de domingo.
Integra-se de igual modo a acção geral de reforço do Partido com a campanha dos 5 mil contactos com os trabalhadores a decorrer e a requerer uma continuada atenção por parte das organizações do Partido por forma a cumprir todos os seus objectivos.
Integra-se também a luta de massas, factor decisivo para conseguir respostas para problemas dos trabalhadores e do povo e para o desenvolvimento do País. Assim, é de realçar as diversas lutas que se travam, em torno da acção reivindicativa, em muitas empresas, locais de trabalho e sectores.
Foi também no quadro desta dinâmica intervenção que o PCP tomou posição sobre a apresentação de contas do Novo Banco relativas ao primeiro semestre de 2019, com um prejuízo de cerca de 400 milhões de euros que mais uma vez os portugueses são chamados a pagar. Isto, ao mesmo tempo que este Banco se prepara para despedir mais 400 trabalhadores, o que vem mostrar mais uma vez que, quer o processo de resolução do BES, quer a criação do Novo Banco, quer a sua venda foram um negócio ruinoso para o País. Para o PCP, a venda do Novo Banco «pelo actual Governo alinhado com as imposições da Comissão Europeia, determinou não só a perda de um importante instrumento de política económica e financeira e a sua integral devolução à mesma gestão que o fez colapsar: a gestão privada». A solução que melhor teria servido os interesses do País e dos portugueses, como o PCP defendeu e continua a defender, é a nacionalização do Banco.
O PCP tomou também posição sobre o Relatório da chamada Comissão Independente para a Descentralização que, na prática, introduz novos elementos de bloqueio à regionalização ao propor procedimentos em matéria de referendo que colidem com os actuais termos constitucionais. Dessa forma, procura-se, uma vez mais, não só protelar a regionalização como dar novos pretextos para uma revisão constitucional, convergindo com as ambições mais gerais para dar novos passos na subversão da Constituição da República Portuguesa.
Neste contexto, reafirma-se o sentido da intervenção do PCP e da CDU: sempre com os trabalhadores e com o povo para ouvir os seus problemas, para construir as soluções, para lutar com confiança por um Portugal com futuro.