BEJA Defender a água pública
O PCP valoriza as recentes votações nas assembleias municipais de Beja e Castro Verde, que rejeitaram as propostas das respectivas câmaras municipais (de maioria PS) sobre a agregação dos serviços e a entrega da gestão das águas a uma empresa». Em comunicado, a Direcção da Organização Regional de Beja do Partido garante que essa proposta, caso tivesse ido por diante, «transformaria a água num negócio, aumentaria substancialmente as tarifas na maioria dos municípios envolvidos, criaria perturbação na situação laboral dos trabalhadores envolvidos e daria novos passos no caminho da privatização», directa ou indireta. Para os comunistas, é «uma pretensão muito antiga dos governos do PS e do PSD e CDS capturar uma gestão que se deve manter municipal».
Lembrando que já em Fevereiro do ano passado as suas assembleias municipais tinham assumido posições semelhantes, o PCP recorda também a Resolução da Assembleia da República (de Fevereiro de 2018) e o estudo publicado no ano anterior pela Associação de Municípios para a Gestão da Água Pública no Alentejo (AMGAP), cujas conclusões foram disponibilizadas aos 20 municípios da região. Nesse estudo, recordam os comunistas, admite-se a possibilidade de «parcerias colaborativas de geometria variável, sem que tal implique a alienação da gestão por cada um dos municípios e a criação de uma nova entidade gestora, qualquer que seja a sua característica». Face a isto, o PCP desafia as autarquias a «reclamar junto do Governo (se este estiver mesmo interessado em melhorar os serviços de águas na região) a disponibilizar no âmbito dos fundos comunitários os recursos financeiros para o investimento».