CNA leva problemas a Belém

A seu pedido, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) foi recebida, no dia 2 de Julho, pelo Presidente da República (PR), no Palácio de Belém, em Lisboa.

No encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, a CNA abordou os principais problemas dos pequenos e médios agricultores, nomeadamente as questões relacionadas com o rendimento e os preços à produção; as pragas e doenças que afectam as culturas, com os prejuízos causados pelos animais selvagens; a seca e as medidas de mitigação e apoios aos agricultores; a floresta e o apoio aos pequenos proprietários florestais; a defesa de uma Casa do Douro pública que defenda os pequenos e médios vitivinicultores.

A necessidade de alteração do Estatuto da Agricultura Familiar nas condições de elegibilidade, assim como a concretização efectiva desta figura essencial para o desenvolvimento da Agricultura e do Mundo Rural foram outros dos pontos abordados na audiência com o Chefe de Estado.

Expropriação de terras
A CNA alertou ainda o PR para os graves problemas que podem vir a acontecer com a intenção do Governo nas chamadas terras sem dono conhecido. «Está clara desde o início de todo este processo que o grande objectivo não será o de ajudar os pequenos proprietários a manter as suas terras, mas sim proceder a uma verdadeira reestruturação da propriedade florestal no sentido da sua concentração em grandes grupos económicos», considera a Confederação. «Se nada for feito, poderemos estar perante uma verdadeira expropriação dos pequenos proprietários por falta de condições financeiras para manter as suas terras», acrescenta a CNA.

Graves prejuízos
Na quinta-feira, 4, a União dos Agricultores do Distrito de Leiria (UADL) foi recebida, na Assembleia da República, pelos grupos parlamentares do PCP, PS e PSD, a quem expôs os prejuízos causados por ataques de javalis e outros animais selvagens, que estão a dificultar a vida dos agricultores. A UADL reclamou, assim, medidas de defesa das culturas agrícolas e que os agricultores sejam indemnizados pelas graves perdas sofridas.

Também a Associação dos Agricultores e Pastores do Norte (APT) enviou, no dia 28 de Junho, uma carta ao ministro da Agricultura a exigir que sejam pagas indemnizações devido aos prejuízos causados por ataques de lobos a animais e que a legislação seja revista, uma vez que está «desajustada à realidade».

O documento enviado a Capoulas Santos resulta de uma reunião na Casa do Povo de Sanguinhedo, em Vila Real, onde cerca de meia centena de agricultores e pastores analisaram os estragos provocados pelos animais em vários concelhos da região.

 



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