Trabalho e confiança abrem a transformação da Atalaia
JORNADA Com o mote repetido de Não há Festa como esta!, mais de 300 construtores deram início à transformação da Atalaia, no fim-de-semana passado. Assim, com trabalho e confiança no futuro, Junho não podia ter fechado melhor.
A Festa é única até pela forma como é construída
Quando a 43.ª Festa abrir, tudo estará pronto: palcos, pavilhões, exposições, instalações de apoio, caminhos, portas, praças, iluminação, baloiços, decoração, e muito mais.
A jornada de sábado e domingo mostrou-o bem. Inicialmente dedicada a trabalhos de jardinagem tão necessários à restante implantação, seguiu além deles. Integrando quem chegava conforme as necessidades e de acordo com as capacidades possibilitou formar novas equipas e aproveitar a especialização de muitos outros, não esquecendo, também, que a campanha pelo reforço da CDU na Assembleia da República está em marcha e conta com o empenho de todos.
Lado a lado, três gerações de construtores militantes e amigos do Partido e da Festa, desde os mais velhos, feitos adultos à força quando o fascismo proibia aos filhos dos trabalhadores que fossem meninos, até aos mais jovens nascidos e crescidos na Liberdade de Abril, dela usufruindo e por ela lutando, desobstruíram o terreno, transportaram materiais, pintaram, regaram, desmancharam estruturas e levantaram outras, fizeram refeições, anunciaram a EP, reuniram, mostraram a Festa a quem há muito não ia ou foi pela vez primeira. Conversas, cantigas, abraços entre quem vive longe, gracejos clubísticos e perguntas pelos estudos, concorreram com o manejo das motosserras, dos maços, dos martelos, dos tubos, dos carros, da passarada e da folhagem, propagando o som pelo horizonte.
Pouco passava das 10 horas e, só do Espaço Criança e da Cidade Internacional, já tinham saído quatro atrelados com caruma, pinhas, ramos e erva, no sábado. Imagine-se lá quantos foram carregados e descarregados pelas brigadas, durante o fim-de-semana.
É impossível nomearmos as muitas organizações presentes para não incorrer em falta. Mas é de notar o alto apreço pelo cumprimento das tarefas.
Pelo terreno, ferros, tubos, areia, cimento, abraçadeiras e brita, indiciam novas construções. Outras em fase de conclusão vão melhorar a estadia, como o novo complexo de sanitários na Quinta do Cabo.
Melhorada a cada edição esta bela realização, levantada em Festa por militantes e amigos, leva aquém e além-fronteiras este jornal que sem transigir lhe dá o nome: Avante!